quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Jubilosas esperanças no advento do Messias

Em 17 de dezembro inicia-se a  última semana do Advento,  denominada  pela  Igreja  de  “semana da expectação”, já com as  vistas postas na festa do Natal. Durante esse período, a Esposa Mística de Cristo imagina o júbilo e a esperança da Santíssima Virgem diante do fato de que o Messias haveria de nascer, e Ela veria por fim a face bendita do Filho que estava gerando  em seu imaculado seio.
A Santíssima Virgem sente aproximar-se o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, restando apenas uma semana para que, pelo nascimento do Salvador, o império de Satanás sofra um golpe mortal e comece a derrocar.
A expectativa de todos os séculos posta na véspera do Natal
Tal conjuntura cumula de esperança a alma da Mãe de Deus, e por isso Ela é chamada, nesse período, Nossa Senhora da Expectação, ou Nossa Senhora da Esperança, ou ainda Nossa Senhora do Ó.
Esta última invocação se explica pelo fato de que, em cada um desses sete dias, a Igreja canta no Ofício Divino uma antífona que começa pela exclamação “Ó” Exprimem elas as alegrias de Nossa Senhora ao perceber dentro de si o Corpo de Jesus já completo, seus primeiros movimentos, e a idéia de que Ele ali orava ao Pai, como de dentro do mais prodigioso dos sacrários, assim como o Santíssimo Sacramento, hoje, reza no interior dos tabernáculos nos altares de todo o mundo.
As antífonas do “Ó”
Sete  são  as  antífonas  do  “Ó”, e a Igreja as canta com  o Magnificat da Hora de Vésperas, desde o dia 17 até o 23 de dezembro. São uma invocação  ao  Messias,  recordando os anseios com que era esperado por todos os povos antes de sua vinda, assim como  são uma manifestação do sentimento  com  que,  todos  os  anos, novamente O espera a  Igreja nos dias que precedem  a grande solenidade do Nascimento do Salvador.
Chamam-se  assim  porque  todas começam no latim com  a  exclamação  “O”.  Também são conhecidas como “antífonas maiores”.
Foram compostas por volta dos séculos VII-VIII e pode-se  dizer  que  representam  um  extraordinário  compêndio  da  cristologia  mais  antiga da Igreja, ao mesmo tempo que um expressivo resumo  dos desejos de salvação de toda a humanidade, tanto de Israel  do  Antigo  Testamento  como da Igreja do Novo Testamento.
São  breves  orações  dirigidas  a  Nosso  Senhor  Jesus  Cristo  que  condensam  o  espírito do Advento e do Natal.  A admiração da Igreja diante  do mistério de um Deus feito homem: “Ó!”. A compreensão cada vez mais profunda de seu mistério. E a súplica urgente: “Vinde!”.
Após a exclamação inicial,  segue-se um título messiânico  tomado do Antigo Testamento, mas entendido com a plenitude do Novo. É uma aclamação a Jesus, o Messias, reconhecendo  tudo  o  que  Ele  significa para nós. Terminam  com  uma  súplica:  “vinde  e  não tardeis mais”.
Ó Sabedoria... Ó Adonai... Ó Raiz de Jessé... Ó Chave de David... Ó Oriente... Ó Rei das nações... Ó Emanuel...
Fazem notar os estudiosos  da beleza da Liturgia que, a  serem lidas de trás para frente as sete iniciais das palavras  seguintes a cada Ó, forma-se  a frase (em latim): ero cras  “serei  amanhã”.  Ou  seja,  a  promessa do Salvador de nascer em breve para nós.

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