Há, entretanto, um fato tocante, do qual as pessoas que meditam sobre a Ressurreição nem sempre se lembram: Nossa Senhora fez sua primeira Comunhão no Cenáculo, quando Jesus instituiu a Eucaristia; e a partir desse momento — hipótese defendida por inúmeros teólogos —, nunca mais a presença real n’Ela cessou. E depois de sua morte, Jesus de fato estava em dois lugares no mundo: na sepultura e em Nossa Senhora.
Isso forma, a meu ver, um contraste lindíssimo e afirma, de um modo tão glorioso que não encontro palavras para qualificar, a vitória de Nosso Senhor sobre o demônio, porque Ele morto estava em seu paraíso, ou seja, Maria Santíssima. E, durante a Paixão, Ele estava atado à coluna, carregando a Cruz, crucificado e até morrendo, mas permanecia ao mesmo tempo no paraíso d’Ele e — julgo indispensável considerar isso — desse modo triunfava dentro de sua derrota.
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