Antigamente
as pessoas se aproximavam de Nosso Senhor Jesus Cristo crucificado com um senso sacral, um enlevo,
uma admiração, uma ternura enorme. Na Semana Santa ainda havia qualquer coisa
dessas, as pessoas se vestiam de preto, não se fazia barulho, as crianças não
podiam falar alto, os motores não funcionavam, as chaminés das locomotivas não
apitavam, e uma espécie de doçura de dor pairava sobre toda a humanidade. Aí a
gente compreendia o que São Luís Grignion fala da suavidade do sofrer. Porque o
Nosso Senhor estar presente nesse sofrimento dava uma suavidade, dava uma
tranquilidade de alma, dava uma resignação da qual o homem moderno já não tem
nenhuma ideia, nenhum conhecimento.
Plinio Correa de Oliveira
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