tag:blogger.com,1999:blog-90744640599860223382024-02-07T17:04:50.978-08:00Paróquia Nossa Senhora das GraçasRegina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.comBlogger129125tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-17140356700912941792017-05-28T07:33:00.000-07:002017-05-28T07:33:10.346-07:00Pequenos heróis da Eucaristia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9V2ZB2idxN2t3Q7hdBkfH-bP9tZ5iKXMkZPm_ifRXSp_xXPGJ4HaIoKKoq7BGJIAn57jBQn_KTcJDCkPlpCIUP2m_cITpL2XPrNWaHCaJjnEDSHimSGKJNPnZa3-6vPIGt-hIm0pgIIiW/s1600/Historias+catequese7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="336" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9V2ZB2idxN2t3Q7hdBkfH-bP9tZ5iKXMkZPm_ifRXSp_xXPGJ4HaIoKKoq7BGJIAn57jBQn_KTcJDCkPlpCIUP2m_cITpL2XPrNWaHCaJjnEDSHimSGKJNPnZa3-6vPIGt-hIm0pgIIiW/s320/Historias+catequese7.jpg" width="247" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 14pt;">Era
o primeiro dia da novena a Santo Anselmo, Bispo da Cantuária e grande Doutor da
Igreja, cuja festa se celebra em 21 de abril. A matriz do povoado encontrava-se
repleta de aldeões que juntos rezavam ao seu padroeiro:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Santo Anselmo, intercedei por nós!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> As orações, intercaladas por piedosas
melodias, ecoavam no interior do templo, fazendo estremecer o coração dos
fiéis. Entre eles havia três crianças que tudo acompanhavam com enorme fervor,
enquanto se encomendavam ao santo Bispo, pedindo-lhe a graça que mais
almejavam: fazer a Primeira Comunhão. Eram eles: Leonardo, de sete anos,
Filipe, de seis, e sua prima Beatriz, também com sete anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na véspera da solenidade, a novena seria
mais cedo, para dar tempo à procissão de percorrer todo o vilarejo. Os pequenos
saíram ligeiros do colégio a fim de tomar um lanche rápido no parque, antes de
seguir para a matriz. Enquanto merendavam, Beatriz viu umas flores muito
bonitas e quis colher algumas para levar à cerimônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ao aproximar-se, observou quatro homens
estranhos escondidos entre os arbustos. Falavam baixo, olhavam ao redor,
temerosos de estarem sendo observados, e soltavam abafadas e sinistras
gargalhadas. A menina, então, escutou uma voz grave e rouca dizer:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Esse tal de Anselmo é uma lorota inventada
pelo pároco! E a Eucaristia, uma mentira maior ainda. Quando encontrem amanhã a
igreja arrombada, saberão que nada disso existe!…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Não vai sobrar nem uma Hóstia para eles
comemorarem seu padroeiro! Vamos levar embora tudo o que estiver no sacrário –
continuava outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Deixem de bobagens! – interveio o mais
velho – Ao invés de ficarem com comentários idiotas, combinemos a que horas vai
começar a “festa”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Depois de uma breve discussão, alguém disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Uma da madrugada! Neste horário estarão
todos dormindo…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os larápios concordaram e desapareceram.
Beatriz estava imóvel, assustadíssima com o que acabara de ouvir. Ao
certificar-se de que estava só, correu para contar tudo aos primos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Filipe
não resistiu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Defendamos a Nosso Senhor Jesus Cristo!
Seremos heróis da Eucaristia!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Leonardo, porém, era mais cauteloso:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Não podemos fazer loucuras! Temos de
avisar a alguém mais velho. Não seria melhor falar com nossos pais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Leonardo, você não percebe? É uma
oportunidade única para nós! Se defendermos o Santíssimo Sacramento desses
malvados, o pároco nos deixará fazer logo a Primeira Comunhão! – retorquiu
Filipe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Não, não, Filipe! – disse Beatriz – Não
temos condições. O que são três criancinhas diante de bandidos assim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Filipe
exclamou indignado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Com Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa
Senhora do nosso lado, além de Santo Anselmo, podemos fazer tudo! Como vocês
podem duvidar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Leonardo e Beatriz abaixaram a cabeça
envergonhados… Por fim, Leonardo quebrou o silêncio:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Já sei! Façamos um exército de crianças.
Reunamos os nossos colegas que ainda não fizeram a Primeira Comunhão e
defendamos juntos Nosso Senhor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Após a unânime aceitação da proposta, correram
até a matriz, onde o povo já estava formado para iniciar o cortejo. A toda
pressa, começaram a convocar, um por um, os integrantes do futuro “exército
mirim”, chegando ao número de dezesseis. Todos ficaram cheios de contentamento
por tão inusitada incumbência!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Que graça formidável Santo Anselmo nos
concede! – exclamava um.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Defenderemos o próprio Deus! – comentava
outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Uma das meninas mais novas que ali estavam,
Sofia, de apenas cinco anos, advertiu com voz decidida:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> — Mas, amigos, preparemo-nos! Pode ser que
Nosso Senhor nos queira mártires!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Aquelas
inocentes crianças não se preocuparam em conseguir algum instrumento para se
defender…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ao ouvirem tais palavras, os outros quinze
se admiraram! Em suas mentes só viera a ideia de defender Nosso Senhor Jesus
Cristo, contudo não pararam para pensar que poderiam vir a entregar suas vidas
por Ele… Diante desta perspectiva, encheram-se de maior ânimo, enlevados com a
possibilidade de naquela noite voarem para os Céus!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Acabada a procissão, as crianças se
congregaram para rezar diante do tabernáculo, a fim de pedir forças e graças
para o cumprimento da missão. Os pais e conhecidos observavam curiosos, sem,
todavia, nada lhes perguntar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> À meia-noite, saíram de casa escondidos, pé
ante pé, pedindo aos seus Anjos da Guarda que ninguém os visse, e se
encontraram a dois quarteirões da igreja, para juntos se dirigirem até lá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Filipe
e Sofia, os menorzinhos do grupo, adentraram no templo por uma janela
semicerrada e abriram a porta da sacristia. Depois que o “exército” entrou,
passaram de novo a trave e ficaram esperando os criminosos, rezando diante do
sacrário iluminado apenas pela lamparina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> À uma e dez da madrugada escutaram um ruído vindo
da lateral direita. Com suas ferramentas de assalto os bandidos arrombaram a
porta e invadiram o santuário. Não viram ninguém, pois os pequenos “soldados”
ficaram agachados atrás do altar. Aquele infantil e valente “batalhão” estava
com o coração batendo aceleradamente. Alguns pensavam que logo seriam mortos e
sentiam-se já habitando no Paraíso!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quando os patifes se acercaram do altar,
todos pularam em cima deles. As almas inocentes daquelas crianças nem se
preocuparam em conseguir algum instrumento para se defender… Tudo o que tinham
era a fé em Nosso Senhor e na intercessão de sua Mãe Santíssima, como também na
de Santo Anselmo.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Y9xAi4rllcObADflACC5DGXXSsgAWYXG_4kAo_SeSHw3SgGYgfMg3_ErIc4jGSB1c24RfrAwhYqCcyGeIgYCL-L13Q54tDMoltYq316GCj2-Yky0PIiK0YxvuWIgBcUf52a8O6Wudf3L/s1600/Historias+catequese8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="296" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Y9xAi4rllcObADflACC5DGXXSsgAWYXG_4kAo_SeSHw3SgGYgfMg3_ErIc4jGSB1c24RfrAwhYqCcyGeIgYCL-L13Q54tDMoltYq316GCj2-Yky0PIiK0YxvuWIgBcUf52a8O6Wudf3L/s320/Historias+catequese8.jpg" width="236" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os facínoras estremeceram ao se depararem
com tanta ousadia! Tomados pela surpresa e pela raiva, começaram a espancar
suas inocentes vítimas, mas o ruído e os gritos despertaram o sacristão, que
acendeu as luzes da igreja, fazendo com que os bandidos fugissem espavoridos,
sendo capturados pela polícia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Várias crianças ficaram muito machucadas.
Sofia, a mais atingida, teve de ser levada às pressas para a casa do médico,
onde passou por dolorosos curativos. Dir-se-ia que a tragédia tinha se
debruçado sobre elas e sobre suas famílias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Entretanto, não foi bem assim… A festa de
Santo Anselmo nunca foi tão alegre como naquele ano, pois o heroísmo das
crianças despertara o entusiasmo dos fiéis. Durante a Missa, elas ocuparam os
primeiros bancos, adornadas com faixas e curativos, que mais pareciam gloriosas
condecorações!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E no fim da celebração, antes de dar a
bênção final, o pároco anunciou-lhes, como prêmio, a tão esperada notícia: por
terem dado mostras de tanta devoção e ardor eucarístico, os pequenos heróis
receberiam a Primeira Comunhão tão logo se restabelecessem. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">Revista
Arautos do Evangelho, Abril 2017<o:p></o:p></span></i></b></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-85769457512340325932017-02-16T13:09:00.002-08:002017-02-16T13:09:38.154-08:00Por que se usa a cor verde no Tempo Comum?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMGNlfIzkkqfqMLs8tWOyzGiaZLSToSJ3iotG49dlhKfZ3k0a411SgRr9MpPU0lr_ECnBWERYSi6fFK_TCsjzXpRuCgl92AdO6FqeqLjJD3en86-ia6WKZSoVUo6miAKvDmZII-CKtkGh3/s1600/Missa_Mons_Joao_Cla_Dias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMGNlfIzkkqfqMLs8tWOyzGiaZLSToSJ3iotG49dlhKfZ3k0a411SgRr9MpPU0lr_ECnBWERYSi6fFK_TCsjzXpRuCgl92AdO6FqeqLjJD3en86-ia6WKZSoVUo6miAKvDmZII-CKtkGh3/s400/Missa_Mons_Joao_Cla_Dias.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Até a Quarta-Feira
de Cinzas está sendo celebrado o Tempo Comum da Liturgia, durante o qual são usados
paramentos de cor verde. No início do ano, Tempo do Natal, eles foram brancos,
e na Quaresma passarão a ser de cor roxa. Qual a razão dessa variedade?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Se remontarmos aos
primeiros séculos da Igreja, encontraremos apenas tonalidades brancas, pois os
presbíteros presidiam as celebrações revestidos com túnicas de lã ou linho sem
tingimento, que lembravam a Cristo, o Cordeiro de Deus. Mas, a partir do século
VII, as cores dos paramentos começaram a variar. Baseando-se sobretudo nas
descrições feitas no Livro do Cântico dos Cânticos, associavam-se certas tonalidades
a determinadas festas. Seu uso, porém, diferia conforme a região.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em 1195, o Cardeal
Lotário, futuro Papa Inocêncio III, publicou um tratado sobre a Santa Missa
intitulado De sacrosancti altaris mysterio, no qual são descritos os costumes
adotados pela Igreja de Roma em relação às cores litúrgicas. Ao ser ele eleito
Pontífice, esses costumes foram se expandindo por todo o Ocidente. As cores branca,
vermelha e preta — mais tarde substituída pelo roxo — começaram a ser usadas de
acordo com critérios quase universais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Entretanto, será em
1570, durante o pontificado de São Pio V, que a Igreja vai estabelecer
oficialmente as cores litúrgicas para o Rito Romano. Para o Tempo Comum foi
escolhida a cor verde, cujo nome provém do latim viridis, que significa fresco,
florescente. Com frequência associada à ideia de esperança, esta cor simboliza
o desenvolvimento normal da vida litúrgica que floresce de modo especial nos
tempos fortes e produz os frutos das grandes festas e solenidades.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">Revista
Arautos do Evangelho – fev 2016<o:p></o:p></span></i></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-20991377825730523802017-01-27T06:23:00.001-08:002017-01-27T06:23:24.317-08:00Como confessar-se bem?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Instituindo o
Sacramento da Reconciliação, Jesus Cristo manifestou claramente o modo como
quer perdoar os pecados dos homens. Quais são as condições para nos
beneficiarmos de sua incomensurável misericórdia?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Pe. Carlos Adriano Santos
dos Reis, EP<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT7yu-IdmrO7e6rwmOUxD2qIhXmMa4dZxOxPXiKUC0ix67G5QxH5nHwGHTw9Er38vxK3qOWv9ZAZtLTGNDln0fCak30yiN_0mN9hmYsEn6gxFvNEN3XG3vYJJsxTMDtX3hv85LLno4_Yln/s1600/Confiss%25C3%25A3o_Arautos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT7yu-IdmrO7e6rwmOUxD2qIhXmMa4dZxOxPXiKUC0ix67G5QxH5nHwGHTw9Er38vxK3qOWv9ZAZtLTGNDln0fCak30yiN_0mN9hmYsEn6gxFvNEN3XG3vYJJsxTMDtX3hv85LLno4_Yln/s320/Confiss%25C3%25A3o_Arautos.jpg" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Era uma quinta-feira
ensolarada e úmida na capital paulistana, perto do fim do ano. A Catedral da Sé
abriu suas portas para os fiéis já cedo, como de costume. Às nove horas
começavam alguns padres a caminhar pelos corredores laterais do grande edifício
em direção aos confessionários, diante dos quais vários fiéis aguardavam a
chegada do sacerdote.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Para que essas
filas dentro da Igreja? - perguntou a um deles um curioso observador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Estamos esperando
para nos confessarmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Como assim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Essa fila é para a
Confissão, para que o padre nos atenda. Você é católico?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Sim... Faz tempo
que ouvi falar disso. Somente na minha Primeira Comunhão. Como é mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A Confissão é para
Deus perdoar nossos pecados. Ajoelhamos ali no confessionário, junto ao padre,
e ele perdoa em nome de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Ah! E... Deus
perdoa mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Sim, claro, desde
que haja arrependimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Já fiz tanta coisa
errada na vida...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"></span></div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Seguiu-se um
silêncio prolongado, enquanto o visitante ia mudando de expressão e se abstraia
das coisas em torno de si. Entrara na Catedral movido por mera curiosidade e
sentia-se agora convidado a mudar de vida. Há tanto tempo não se confessava, e
já nem sabia como fazer. Trinta, quarenta anos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Eu também posso
entrar na fila?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Qualquer um
perceberia o drama interno desse desconhecido, a quem Deus chamava à conversão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Sim, entre aqui na
minha frente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um passo decisivo
fora dado na vida daquele homem rumo à salvação de sua alma. Colocou-se junto
ao demais, à espera de sua vez, mas não conseguia mais falar, pois as lágrimas
corriam às torrentes pelo seu rosto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">"Terei Eu
prazer com a morte do ímpio?"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Casos como este não
são raros em nossos dias. Quantos e quantos homens fizeram bem sua Primeira
Comunhão, mas depois, infelizmente, levados pelas preocupações da vida,
deixaram-se arrastar pelas atrações do mundo e esqueceram-se por completo de
seus deveres para com Deus!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Continuam sendo católicos,
sim, mas católicos cuja fé tornou-se como uma brasa abafada debaixo da espessa
camada de cinzas dos pecados. E mal guardam na memória alguns resquícios de
suas primeiras lições de Catecismo, aprendidas na infância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Deus, entretanto,
não os esquece. Em certo momento Jesus Cristo bate paternalmente à porta de
suas almas com um carinhoso convite para fazerem uma boa Confissão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Que coisa terrível
seria uma pessoa, por causa dos seus graves pecados, ser condenada às masmorras
eternas, onde os réprobos são castigados com o afastamento de Deus, para o qual
foram criados, e sofrem terríveis tormentos, sem um só instante de alívio!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ele, porém,
sumamente misericordioso, não deseja para o pecador esse destino: "Terei
Eu prazer com a morte do ímpio? - diz o Senhor. - Não desejo, antes, que ele se
converta e viva?" (Ez 18, 23). Deus quer nos perdoar, e para isso
estabelece esta condição: a confissão de nossos pecados a um de seus ministros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Deus perdoa através do sacerdote<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A Confissão é um dos
mais palpáveis sinais da bondade de Deus. Gravemente ofendido por aquele que
peca mortalmente, Ele tem poder para fulminar com uma sentença de eterna
condenação o pecador, e ao fazê-lo, praticaria apenas um ato de justiça.
Deixou-nos, entretanto, este Sacramento por meio do qual perdoa ao penitente
todos os pecados, por mais graves e numerosos que sejam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">É bastante conhecido
o episódio da primeira aparição do Divino Mestre a seus discípulos, após a
Ressurreição. Com medo de serem, também eles, perseguidos e condenados, estavam
reunidos numa sala com as portas fechadas, quando de repente apareceu-lhes
Jesus. Soprando sobre eles, disse nosso Redentor: "Recebei o Espírito
Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a
quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23). Estava instituído
o Sacramento da Confissão!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Assim, desde os
primórdios da Igreja os fiéis procuraram os Apóstolos para confessar-lhes suas
faltas, e receber deles a absolvição. Esse poder de perdoar, dado por Cristo à
sua Igreja, é conferido aos presbíteros através do Sacramento da Ordem. E é
assim que foi passando de geração em geração através dos séculos até os nossos
dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Requisitos para uma boa Confissão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Claro está que Deus
poderia perdoar os pecados de outra maneira, mas expressou claramente sua
vontade de fazê-lo através de um sacerdote no Sacramento da Reconciliação:
"Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a Terra serásacerdote
arauto atende_ confissoes..jpg ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a
Terra será também desligado no Céu" (Mt 18, 18), disse Jesus aos
Apóstolos. Como nos beneficiarmos desse Sacramento?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Deus sumamente
misericordioso é também justo. Ele quer que, para utilizarmos bem esse
maravilhoso recurso, nos submetamos a algumas condições sem as quais a
Confissão não só de nada nos serviria, mas se tornaria nociva para a alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Quais são esses
requisitos? Sintetizando, a Igreja nos ensina que cinco coisas são
imprescindíveis para uma boa Confissão: fazer um bom exame de consciência, ter
dor dos pecados, fazer o propósito de não mais cometê-los, confessá-los e
cumprir a penitência imposta pelo confessor. Mas em que consiste precisamente
cada uma dessas exigências?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O exame de consciência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Antes de tudo,
deve-se fazer um exame de consciência. O fiel desejoso de obter o perdão de
suas faltas, precisa antes auscultar sua alma, para saber quais pecados ainda
não foram confessados. Não é necessário trazer à memória os pecados de toda a
vida, mas apenas os cometidos desde a última Confissão bem feita.1<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um fato narrado nas
Sagradas Escrituras bem demonstra a importância do exame de consciência. O Rei
Davi cometera dois pecados: adultério e homicídio. Enviado por Deus, o profeta
Natã supriu por meio de uma severa advertência a falta do exame de consciência
da parte do rei. E só assim este caiu em si e foi capaz de se arrepender e
pedir perdão (cf. II Sm 12, 1-13).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nesse episódio do
Antigo Testamento, podemos verificar outro bom motivo para o exame de
consciência: auxilia-nos a ter dor de nossos pecados, isto é, nos ajuda a
arrepender-nos. Se nos detivermos em conhecer seriamente cada uma das ofensas
feitas a Deus, dispomo-nos a sentir por elas verdadeira tristeza e, assim, a
obter o perdão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O exame de
consciência precisa ser feito com cuidado, sem precipitação. É importante
rememorar os pecados cometidos por pensamentos, palavras, atos e omissões,
percorrendo, para esse fim, os Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja, a lista
dos pecados capitais e as obrigações de nosso próprio estado. O exame deve abranger
também os maus costumes a serem corrigidos, e as ocasiões de pecado a serem
evitadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas a Igreja, como
boa mãe, nos recomenda também evitar de nos deixarmos levar pela exagerada
preocupação de ter esquecido alguma falta ou circunstância. Certa vez, Santa
Margarida Alacoque, inquieta e perturbada, estava fazendo com excessivo cuidado
seu exame de consciência para a Confissão. Apareceu-lhe então o próprio Nosso
Senhor e a tranquilizou: "Por que te atormentares? Faze o que podes. Eu
amo os corações contritos que se acusam sinceramente dos pecados que conheçam,
com a vontade de não mais desagradar-Me".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Qualquer pessoa,
seja por deficiência de memória, seja por relaxamento, pode sentir dificuldade
em rememorar os pecados ainda não confessados. Sem a ajuda de Deus, ninguém
consegue fazer nada bem. Por isso, é muito adequado começar o exame de
consciência com uma oração, pedindo-Lhe, através de Nossa Senhora ou de nosso
Anjo da Guarda, que ilumine nossa mente para reconhecermos todas as nossas
faltas e nos dê força para detestá-las.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Quantas vezes
pequei? Eis uma importante pergunta a ser feita. Um soldado recebeu em combate
três graves ferimentos. Levado ao hospital, mostrou ao médico só duas de suas
feridas; ocultou a terceira, movido por um tolo sentimento de vergonha. De nada
adiantou o médico ter curado as duas lesões que conhecia, pois o soldado morreu
em decorrência do agravamento da terceira.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ora, a Confissão
também é um ato de cura. Se quisermos reatar
nossa amizade com Deus, e termos a alma curada das chagas de nossos
pecados, devemos pedir perdão de todos e cada um deles. Por isso, em se
tratando de pecados mortais - faltas em matéria grave, com pleno conhecimento e
pleno consentimento da vontade -, deve-se investigar tudo; inclusive, na medida
das possibilidades, quantas vezes foi praticado determinado ato pecaminoso, e
em que circunstâncias. É relevante relatar na Confissão as situações que
agravam o pecado. Por exemplo, roubar de um pobre é mais grave que de um rico.
Tratar mal os pais, a quem devemos a vida, é mais grave do que fazer o mesmo a
um colega da escola. As circunstâncias agravantes devem ser apontadas porque o
sacerdote, para perdoar, precisa conhecer com clareza os pecados. Da mesma forma
como um médico, ao atender um paciente, precisa primeiro avaliar bem o quadro
da doença, a fim de poder aplicar-lhe o remédio mais adequado. Se omitirmos
essas informações por malícia, a Confissão será mal feita, portanto, nenhum
pecado será perdoado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="color: #783f04; font-size: large;"><b>Continua</b></span></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-78829910047673799502016-12-05T04:55:00.000-08:002016-12-05T04:55:29.813-08:00Queres me entregar teu coração?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Enquanto assistia à
aula de matemática, o pensamento do pequeno Luís voava por outras paragens:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Hoje é o último
dia de aula e em breve será o Natal! No ano passado ganhei muitos presentes...
deliciei-me com comidas estupendas... visitei muitos lugares durante as
férias... Como será neste ano? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O toque do sino
encerrou as aulas e todos se despediram, desejando-se um Santo Natal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjavkhZbnbDpSBmkwvZanYABbvplbZ6bkA3gUZMbfm0EFxIXsg6XOprbjiMHMsZB7E0sqVY4dcsEExkIv0VQlcWfk-GtZpJYk0dASF3x1sfAoazwhXZ2nPLm3gm6LY-XuiK735DN3B55Sgt/s1600/Historias+catequese.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjavkhZbnbDpSBmkwvZanYABbvplbZ6bkA3gUZMbfm0EFxIXsg6XOprbjiMHMsZB7E0sqVY4dcsEExkIv0VQlcWfk-GtZpJYk0dASF3x1sfAoazwhXZ2nPLm3gm6LY-XuiK735DN3B55Sgt/s400/Historias+catequese.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Algumas crianças
viviam na pequena aldeia que distava alguns quilômetros do colégio, os quais
costumavam percorrer juntos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- É melhor irmos
para casa já, pois está quase escurecendo - aconselhou Roberto aos amigos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Que tal irmos pela
trilha dos ipês? - sugeriu Pedro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Ah, não! É muito
longa, poeirenta e... perigosa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Deixe de ser
medroso, Filipe. É uma boa ideia e poderemos nos divertir! - concordou Marcos.</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Entre pedras e
buracos iam eles pela trilha, conversando:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- José, o que fará
neste dezembro? Logo será o Natal e decerto sua família viajará para descansar,
não é? - indagou Luís. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Não, não! Minha
família é muito católica e desde bem pequeno aprendi que devemos preparar a
alma para receber o Menino Jesus. No Natal, à meia-noite nos reuniremos na
Igreja de Santa Inês para a Missa do Galo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O quê? Você ainda
vai à Missa do Galo? Minha mãe sempre insiste que a acompanhe, mas não tenho
forças para levantar-me da cama...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Luís, você não vai
adorar o Menino Jesus que se fez Homem para nos salvar? - perguntou Pedro
surpreendido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Quem garante que
Ele existe? Eu nunca O vi!... Eu não acredito! A única coisa boa do Natal são
as comidas e os presentes!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Você não tem
vergonha de dizer isto, Luís? Não foi o que sua mãe lhe ensinou! Conhecemos
dona Genoveva e ela é muito piedosa! O que lhe aconteceu? - contestou Marcos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Parem de me fazer
estas perguntas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Apressando o passo,
Luís se adiantou nervoso e pensativo. A noite ia chegando e só se ouvia pela
mata o cri-cri dos grilos e o chiar das cigarras...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">De repente... Pam,
pam!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Ai! Ai! Ajudem-me!
- gritou André.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- De novo, André?
Você sempre anda distraído e vive caindo pelos caminhos... - replicou Filipe,
mal-humorado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Desta vez não foi
por distração: tropecei em alguma coisa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Os meninos se
juntaram em volta de André. Até Luís, curioso, aproximou-se. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Que será isto? -
perguntou Marcos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Acho que é só um
galho de árvore - opinou Pedro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Não! Parece uma
caixa... Será um tesouro? Vamos, abra! - insistiu Luís. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Desenterraram o
misterioso objeto: era uma pequena arca coberta pela poeira da estrada.
Abriram-na rapidamente e... oh, maravilha!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Que bela imagem do
Menino Jesus! Vejam os detalhes: são de ouro!! - surpreendeu-se Pedro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- É a mais bonita
que eu já vi! - exclamou Marcos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Estavam estupefatos
com a perfeição do Menino: portava uma túnica azul e ouro, seus cabelos eram
castanho-claros e os olhos azuis, o rosto gracioso era iluminado por um olhar
penetrante. Fez-se um instante de silêncio...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Com quem ela
ficará? - perguntou Pedro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Comigo, claro! Fui
eu quem tropeçou nela! - decidiu André. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Não, não! Todos
nós passamos por aqui! Você só caiu por ser o mais distraído... Vamos tirar a
sorte para saber com quem o Menino Jesus quer ficar - decretou Roberto e eles
concordaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Eis, porém, que tal
dita caiu sobre Luís...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Puxa! Justo quem
não acredita no Menino Jesus?! - reclamou André - Se não a quiser, eu a
recebo... Será uma grande graça ficar com ela!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">De fato, Luís não
acreditava no Menino Jesus, mas aceitou-a com um misterioso sorriso...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Caminharam mais um
pouco e alcançaram a aldeia. Dona Genoveva, apreensiva, aguardava o filho que
demorava. Assim que a viu, o pequeno Luís mostrou-lhe a delicada imagem que
trazia nas mãos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Mamãe, hoje viemos
pela trilha dos ipês. E veja o que encontramos no caminho: tem adornos em ouro!
Vou vendê-la por um bom preço... No Natal, certamente haverá algum comprador!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Não, meu filho.
Isto é um sinal do Menino Deus para que sejas mais fervoroso e regresses à
Igreja. Desde que teu pai faleceu abandonaste a vida de piedade e temo pelo teu
futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Vou pensar e
amanhã conversaremos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Luís tomou a imagem
e trancou-a em seu armário. Cansado pelo dia cheio de atividades, jantou e foi
dormir. No meio da madrugada, ele ouviu uma batida suave à porta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Ai, meu Deus! O
que mamãe quererá a esta hora? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Tudo estava
quieto...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Acho que foi um
sonho... - pensou Luís, entregando-se ao sono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1PyqrBFJtXPQhAZQPvC5f1l9hhxCCAcfdxyQhO84OaJJcOfrHNIj1W1n0shvSviJGsJyxd3efkNJLGq8zw5lK9iHjHDvm8MkM368PXJgxa_rxxVeOmgIYo7AhwDdnchIOfA6diRI5ka_C/s1600/Historias+catequese1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1PyqrBFJtXPQhAZQPvC5f1l9hhxCCAcfdxyQhO84OaJJcOfrHNIj1W1n0shvSviJGsJyxd3efkNJLGq8zw5lK9iHjHDvm8MkM368PXJgxa_rxxVeOmgIYo7AhwDdnchIOfA6diRI5ka_C/s400/Historias+catequese1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Alguns minutos
depois, outra batida... Luís pôs-se de pé e aguçou o ouvido. Eis que o ruído
vinha de seu armário!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Que estranho! O
toque sai de dentro do armário. E lá está o Menino Jesus... Não pode ser!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mais uma vez
começava a adormecer, quando ouviu a mesma batida. Vencido pela insistência,
Luís não resistiu mais, abandonou a cama e aproximou-se do móvel com certo
receio... Novos toques dissiparam qualquer dúvida. Colou o ouvido à porta e
escutou uma voz infantil que dizia: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Por que me
rejeitas? Não queres me entregar teu coração? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O semblante de Luís
mudou. Caindo de joelhos, começou a chorar... No entanto, não demorou muito
para sua tristeza transformar-se em alegria. Tomado de entusiasmo, abriu o
armário, tomou com veneração o Menino Jesus e correu para junto da mãe. Dona
Genoveva, que passara a noite desperta e triste, rezando pelo filho, teve um
sobressalto ao vê-lo entrar gritando em seu quarto: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Mamãe, mamãe!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Carregando a formosa
imagem, Luís contou-lhe tudo e, com a voz entrecortada pela emoção, concluiu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Agora sei que Ele
existe! Sim, porque O ouvi em meu interior!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Naquele Natal, dona
Genoveva não foi sozinha à Missa do Galo e Luís relatava a quem encontrava como
tinha sido sua conversão, para que as divinas palavras do Menino Jesus tocassem
todos os corações, como haviam tocado o seu! <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Revista
Araurtos do Evangelho – Dezembro-2015<o:p></o:p></span></i></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-72978214721966310302016-11-23T12:31:00.003-08:002016-11-23T12:31:52.450-08:00Explicação do Advento<span style="font-size: large;">O que significa Advento?</span><div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-size: large;">Assista ao vídeo:</span></div>
<div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<iframe width="754" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/gdJ12F01AEs" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-5679935142110161262016-11-15T06:36:00.001-08:002016-11-15T06:36:49.552-08:00Quem se sentir impotente, recorra à ajuda da graça<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWu8CdXncfUU8xq2E1ZWmw2RQwXekg3NCaOtkw1yRpD3ROeEyiirpaKZJj5wkePgAal7qy7d7zvSZppLgwX5mWwqoCtdKhB1Wn8MCoksKZ3Nhav0V_CmG5PIrbHMtovBTnJYOZ30XB-Vxq/s1600/Sedes+Sapientiae+Nossa+Senhora.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWu8CdXncfUU8xq2E1ZWmw2RQwXekg3NCaOtkw1yRpD3ROeEyiirpaKZJj5wkePgAal7qy7d7zvSZppLgwX5mWwqoCtdKhB1Wn8MCoksKZ3Nhav0V_CmG5PIrbHMtovBTnJYOZ30XB-Vxq/s320/Sedes+Sapientiae+Nossa+Senhora.jpg" width="215" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Não estranhemos
sentir falta de forças para seguirmos as pegadas de Nosso Senhor. Ele próprio sentiu
a fragilidade da natureza humana a ponto de suplicar no Horto das Oliveiras:
“Meu Pai, se é possível, afastai de Mim este cálice!”. Entretanto, acrescentou
ato contínuo uma ressalva na qual revela sua disposição de levar ao extremo o
holocausto de Si mesmo: “Faça-se, todavia, a vossa vontade, e não a minha” (Mt
26, 39). Enviou-Lhe então o Pai um Anjo do Céu para confortá- Lo (cf. Lc 22,
43).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Portanto, quem se
sente impotente por si, recorra à ajuda da graça. Peça com humildade e
confiança, por intermédio d’Aquela que é o Refúgio dos Pecadores. Ela lhe obterá
forças para tornar efetiva a resolução de fazer sempre a vontade de Deus em
cada ato da vida diária.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Quem assim fizer o
holocausto de sua vida terá uma existência feliz nesta Terra, pois cumpriu com
sua missão de batizado, e, sobretudo, quando soar a hora da morte, seu Anjo da
Guarda intercederá por ele junto a Nossa Senhora: “Excelsa Rainha e Mãe, por
vossa misericórdia, este vosso filho combateu o bom combate, terminou sua carreira,
guardou a fé. Pedi agora a Nosso Senhor Jesus Cristo que o receba em sua
glória” (cf. II Tim 4, 7-8).</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; line-height: 150%;"><i><span style="font-size: x-small;">Revista Arautos do Evangelho - out. 2015</span></i></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-77160842493852436212016-11-05T15:25:00.001-07:002016-11-05T15:25:14.537-07:00A mais perfeita das orações<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPeeyO12mqlQWlkNqWhRoYVhSqg2dQA8YiQ0bbr247ymUODvPKc8gVwCVML1RF4cH6gJUzPKnvUGJkthbNJgJdLLG8dxOz2ygIpLOlHmjV2mTg_uqRdOMJh2aPbtaOA6sgvntu51bGSgvo/s1600/Nosso+Senhor+Jesus+Cristo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPeeyO12mqlQWlkNqWhRoYVhSqg2dQA8YiQ0bbr247ymUODvPKc8gVwCVML1RF4cH6gJUzPKnvUGJkthbNJgJdLLG8dxOz2ygIpLOlHmjV2mTg_uqRdOMJh2aPbtaOA6sgvntu51bGSgvo/s320/Nosso+Senhor+Jesus+Cristo.jpg" width="201" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 14pt;">Percorria Jesus a Galileia, pregando
o Evangelho do Reino e curando todas as doenças. Grandes multidões acorriam a
Ele, pois logo se espalhara sua fama pelos países circunvizinhos. Certo dia,
Ele subiu a uma montanha e pôs-Se a ensinar: Bem-aventurados os que têm um
coração de pobre... Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam... celeste
é perfeito... (cf. Mt 4, 23-25; 5, 1-48).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mais do que a multidão que Cristo
tinha diante de Si por certo, seu divino olhar considerava naquele momento
também todas as almas fiéis que ao longo dos milênios prestariam ouvidos
atentos às suas palavras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Portanto, tinha Ele em vista cada um
de nós quando nos ensinou a mais perfeita das orações: "Eis como deveis
rezar: Pai nosso, que estais no Céu..." (Mt 6, 9). Tão
consolador apelativo - Pai nosso! - só podia brotar dos lábios do Filho
Unigênito de Deus. Assumindo nossa carne, Ele nos revelou que temos um Pai nos
Céus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">"Resumo
de todo o Evangelho"<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Oração Dominical - ou Oração do
Senhor - serviu de guia para a piedade dos cristãos de todos os tempos. A
respeito dela, fizeram entusiásticos comentários diversos Padres e Doutores da
Igreja. Tertuliano a qualifica de "resumo de todo oEvangelho".1 Para
São Cipriano, ela é um compêndio da doutrina celeste. Na mesma linha, assegura
Santo Agostinho: "Se percorrerdes todas as palavras das orações das
Sagradas Escrituras, nada encontrareis que não esteja contido na Oração
Dominical".3 E o Doutor Angélico escreve: "Na Oração Dominical, não
somente se pede tudo aquilo que podemos desejar retamente, como também na ordem
em que devemos desejar; de tal forma que essa oração nos ensina não só a pedir,
como também é normativa dos nossos sentimentos".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com efeito, no Pai-Nosso, as petições
se desdobram como as sete cores do arco-íris da Nova Aliança; são um caminho
luminoso que nos conduz aos tesouros da misericórdia divina. As três primeiras
súplicas põem em exercício as virtudes teologais (fé, esperança e caridade),
porque se ordenam diretamente a Deus: o "vosso nome", o "vosso
Reino" e a "vossa vontade"; as quatro seguintes imploram, no seu
conjunto, proteção e auxílio no exercício das virtudes cardeais (justiça, temperança,
fortaleza e prudência) e constituem apelos de filhos ao Pai:
"dai-nos", "perdoai-nos", "não nos deixeis cair"
e "livrai-nos".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Sete pedidos, apresentados na perfeita
ordem<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Inicia-se a Oração Dominical com a
reconfortadora invocação: "Pai nosso, que estais no Céu". Seguem-se
os sete pedidos, na ordem em que devem ser feitos, conforme a observação de São
Tomás:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Santificado seja o vosso nome:
Imploramos aqui o primordial, ou seja, a glória de Deus. Portanto, esta petição
inclui todas as outras.5 Ensina-nos Tertuliano: "Quando dizemos
‘santificado seja o vosso nome', pedimos que ele seja santificado em nós que
estamos nele, mas também nos outros que a graça de Deus ainda aguarda, a fim de
conformar-nos ao preceito que nos obriga a rezar por todos, mesmo por nossos
inimigos".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Venha a nós o vosso Reino: Este
pedido visa a nossa participação na glória de Deus e, para isso, impulsionados
pela esperança, imploramos a "vinda final do Reinado de Deus mediante o
retorno de Cristo",7 a fim de que Ele reine definitivamente em todos os
corações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu: Para os homens merecerem
entrar na glória celestial, pedimos que todos observem os Mandamentos da Lei
divina. "Pela oração é que podemos ‘discernir qual é a vontade de Deus' e
obter ‘a perseverança para cumpri-la'. Jesus nos ensina que entramos no Reino
dos Céus não por palavras, mas ‘praticando a vontade de meu Pai que está nos
Céus' (Mt 7, 21)".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O pão nosso de cada dia nos dai hoje:
Nesta súplica não visamos somente nosso sustento material. "Este pedido e
a responsabilidade que ele implica valem também para outra fome da qual os
homens padecem [...]. Há uma fome na Terra, ‘não fome de pão, nem sede de água,
mas de ouvir a Palavra de Deus' (Am 8, 11). Por isso, o sentido
especificamente cristão deste quarto pedido refere-se ao Pão de Vida: a Palavra
de Deus a ser acolhida na fé, o Corpo de Cristo recebido na Eucaristia".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Perdoai-nos as nossas ofensas, assim
como nós perdoamos aos que nos têm ofendido: Imploramos perdão por todos os
nossos pecados, nos quais trocamos a amizade de Deus pelo amor desregrado a
alguma criatura. E como penhor para sermos atendidos, oferecemos-Lhe o
sacrifício de perdoar "aos que nos têm ofendido". Nossa petição não
será atendida sem o cumprimento desta exigência.10 A isto nos incita também o
Apóstolo: "Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em
Cristo" (Ef 4, 32). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não nos deixeis cair em tentação:
Depois de ter implorado com humildade o perdão de nossos pecados, suplicamos a
Deus vigilância, fortaleza e, sobretudo, o auxílio da graça para doravante não
tornar a ofendê-Lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas livrai-nos do mal: Nesta última
súplica da Oração do Senhor, o "mal" não é uma abstração, mas designa
uma criatura, satanás, "o anjo que se opõe pessoalmente a Deus e ao seu
plano de salvação". Nela, pedimos "para sermos livres de todos os
males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou
instigador".<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">*****<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quem conforma sua vida aos princípios contidos no
Pai-Nosso, este é um perfeito cristão. Não passemos um dia sequer sem
recitá-lo! Ele nos acompanha desde o início de nossa caminhada rumo à salvação,
pois nossos pais e padrinhos o rezaram na cerimônia de nosso Batismo. E será
rezado pelo sacerdote junto ao sepulcro, ao ser depositado nosso corpo em sua
última morada, à espera da ressurreição. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;"><i>Revista Arautos do Evangelho, Outubro-2015</i></span></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-62151273679507436622016-10-02T05:37:00.001-07:002016-10-02T05:37:27.455-07:00Devoção a Nossa Senhora<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um suspiro de Nossa
Senhora por uma alma vale mais do que as orações de todos os anjos e todos os
santos juntos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">São Luís Grignion de
Montfort<o:p></o:p></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-19298080053352082352016-09-25T04:33:00.001-07:002016-09-25T04:33:48.551-07:00Santa Teresa de Lisieux<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZjuEskd4A5PHatyUPeFYyULjhntIpMcU5kI-wn2g3tLj0YaKpCUT-YjLPZAmfODWByteeFnbmdVzn43ZVa-wDZ8eC0lbxvdEdlUz3EafuO0QCUOsHzy4WBsRiPeJh572mntYIzYatC43x/s1600/Santa+Teresinha+Lisieux.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZjuEskd4A5PHatyUPeFYyULjhntIpMcU5kI-wn2g3tLj0YaKpCUT-YjLPZAmfODWByteeFnbmdVzn43ZVa-wDZ8eC0lbxvdEdlUz3EafuO0QCUOsHzy4WBsRiPeJh572mntYIzYatC43x/s400/Santa+Teresinha+Lisieux.jpg" width="223" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Eu Te bendigo, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas
coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos"
(Mt 11, 25). Estas palavras de Nosso Senhor à multidão bem se podem
aplicar a Santa Teresinha do Menino Jesus, a humilde freira carmelita que abriu
às futuras gerações um novo caminho de santificação: a Pequena Via. <o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ao proclamá-la Doutora da Igreja em
19 de outubro de 1997, Dia Mundial das Missões, o Papa São João Paulo II
salientou: "Santa Teresa de Lisieux não pôde frequentar uma universidade e
nem sequer os estudos sistemáticos: morreu jovem. Entretanto, a partir de hoje
será honrada como Doutora da Igreja, qualificado reconhecimento que a eleva na
consideração de toda a comunidade cristã, muito para além de quanto possa
fazê-lo um ‘título acadêmico'".<br />
<br />
</span><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Modelo
de santidade para as almas débeis</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
Considerando sua debilidade e a impossibilidade de santificar-se por suas
próprias forças, a jovem carmelita abandonou-se ao amor de Nosso Senhor, com
inteira confiança na misericórdia divina, e em pouco tempo atingiu a perfeição.
Tornou-se assim modelo para todos quantos se sentem sem condições de imitar os
insignes atos de virtude praticados pelos grandes Santos da Cristandade.<br />
<br />
Santa Teresinha deixou-nos o itinerário de suas lutas espirituais em três
textos redigidos por obediência a suas superioras, os famosos Manuscritos autobiográficos.<br />
<br />
Neles, soube ela transmitir as mais elevadas realidades sobrenaturais por meio
de singelas comparações, a exemplo do Divino Mestre. Vejamos algumas dessas
parábolas.<br />
<br />
</span><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Parábola
das flores do jardim</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
Sentia ela dificuldades em compreender o motivo pelo qual Deus concedia de modo
tão desigual suas graças às almas: algumas as recebiam em tal quantidade que
mantinham por toda a vida uma inocência ilibada; outras afundavam-se no pecado,
mas o Senhor, por assim dizer, as forçava a se converterem; e outras, como os
aborígenes das terras de missão, "morriam em grande número sem ter sequer
ouvido pronunciar o nome de Deus". Qual a razão de tal diversidade?<br />
<br />
As almas inocentes são capazes de enxergar as realidades sobrenaturais através
das criaturas mais simples. Assim, a irmã Teresa encontrou a resposta
observando as flores de um jardim: todas são belas, o esplendor da rosa e a
alvura do lírio não excluem o perfume da violeta nem a simplicidade do
malmequer. Compreendeu então que "se todas as florzinhas quisessem
ser rosas, a natureza perderia sua gala primaveril, não haveria mais campos
esmaltados de pequenas flores".<br />
<br />
E concluiu: "Dá-se o mesmo no mundo das almas, que é o jardim de Jesus.
Quis Ele criar os grandes Santos, os quais podem comparar-se aos lírios e às
rosas; mas criou também os menores, e estes devem contentar-se em ser
malmequeres ou violetas, destinados a deleitar os olhos do Bom Deus, quando os
sujeita a seus pés. A perfeição consiste em fazer sua vontade, em ser o que Ele
quer que sejamos".<br />
<br />
A partir desse momento, numa poética linguagem, ela se identificará com uma
frágil florzinha, necessitada de constante ajuda de Deus. Seus pais são
comparados a dois pedúnculos dos quais provieram oito lírios e uma florzinha.
Quatro lírios, a terra não os viu florescer: são seus irmãos falecidos em tenra
idade. Os outros são suas quatro irmãs que ajudaram a florzinha a cada passo,
pois ela era a caçula.<br />
<br />
</span><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Florzinha
replantada no Monte Carmelo</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
Essa pequena flor cresceu e logo manifestou sua beleza espiritual. Mal saíra
da infância e já possuía uma das virtudes mais difíceis de adquirir: a renúncia
a si mesma. No início, como ela própria disse, sua fisionomia denotava as
"marcas da luta" travada para conquistar essa virtude, mas depois se
tornou fácil praticá-la.<br />
<br />
A leitura da Imitação de Cristo foi fundamental para forjar a alma de
Teresinha. Recitava de memória grandes trechos desse livro que ela tomou como
guia seguro para a santificação. Assim robustecida, estava a pequena flor
preparada para solicitar sua admissão no Carmelo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para isso, era indispensável o
consentimento paterno. Não poderia ter sido melhor o dia escolhido por ela para
fazer o pedido: a Solenidade de Pentecostes. Depois de suplicar a intercessão
dos santos Apóstolos, pois desejava com suas orações ser apóstolo dos
apóstolos, Teresinha encontrou-se com seu pai no tranquilo ambiente do jardim
da casa. O sol poente dourava as copas das árvores quando ela lhe abriu o
coração. Após um instante de hesitação - devido à jovem idade da filha, então
com menos de 15 anos -, ele percebeu ser essa a vontade de Deus e logo deu seu
assentimento. Em seguida, aproximou-se de uma mureta, apanhou uma flor branca,
parecida com um lírio em miniatura, e a entregou à filha, explicando-lhe com
que cuidados Deus a fizera nascer e a conservara até aquele dia. Gesto
especialmente simbólico, pois a florzinha fora arrancada com as raízes, como
para ser replantada em outro lugar. Teresinha viu a parábola de sua vida
refletida nessa singela planta: "Era bem isso que meu Papai acabava de
fazer por mim, dando-me permissão para subir a montanha do Carmelo e deixar o
doce vale testemunha de meus primeiros passos na vida".<br />
<br />
A Santa de Lisieux guardou-a entre as páginas da Imitação de Cristo, no
capítulo intitulado Devemos amar Jesus sobre todas as coisas. Quando redigia
seus manuscritos, já próxima do limiar da eternidade, percebeu que se rompera a
haste da simbólica flor: "Assim parece o Bom Deus indicar-me que, dentro
em breve, romperá os liames de sua florzinha, não a deixando murchar sobre a
terra!".<br />
</span><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"><br />
"Não sou uma águia..."</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
Entretanto, qual seria a vocação específica de Teresa? Caminhando pelos
claustros do convento, ela se interrogava a este respeito. Desejava
ardentemente o martírio, mas isto não lhe bastava: queria ser também
missionário, doutor, guerreiro, profeta, apóstolo. Uma só missão não satisfazia
o seu fervor, almejava ser tudo ao mesmo tempo! Encontrou afinal a resposta nos
capítulos 12 e 13 da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: o amor abrange
todas as vocações. E exclamou, transbordante de contentamento: "No coração
da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor... assim serei tudo, assim meu sonho se
realizará!".<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Contudo, convencida estava Teresinha
de ser por demais fraca e imperfeita para tão elevada vocação. Isso,
entretanto, não representava obstáculo para ela, pois era sua própria fraqueza
que lhe dava a audácia de oferecer-se a Jesus como vítima de amor.<br />
<br />
E exprimiu, então, com outra bela parábola sua situação no Carmelo: "Não
passo de uma débil avezinha coberta apenas de leve penugem. Não sou uma águia,
tenho desta unicamente os olhos e o coração, pois, apesar de minha extrema
pequenez, ouso fixar o Sol Divino, o Sol de Amor, e meu coração sente todas as
aspirações da águia".8 E assim, vendo-se impossibilitada de voar para
junto desse Sol, ela o contemplava com amor aqui da Terra.<br />
<br />
Como bem reconhecia a ousada carmelita, em sua linguagem figurada, por vezes a
avezinha se distraía com bagatelas terrenas, mas depois voltava arrependida,
fixava novamente os olhos no Sol e estendia suas asas molhadas para se secarem
ao contato com os benéficos raios. Em momentos como esses, recorria com mais
ardor às grandes águias - os Anjos e Santos do Céu -, que a auxiliavam a
perseverar no amor.<br />
<br />
Mas a avezinha sabia também que estava rodeada de perigosos abutres - os
demônios -, os quais espreitavam ocasião propícia para apanhá-la. Não tinha
medo deles, pois, no centro do Sol, ela via sua grande proteção: a Águia
Eterna, Cristo Senhor nosso, defendendo-a de todas as ciladas infernais.<br />
<br />
</span><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">O
Reino da Luz e o país das trevas</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
Uma das mais belas parábolas da Santa de Lisieux foi escrita durante o período
em que padeceu terríveis tentações contra a fé. "É preciso ter passado por
esse tenebroso túnel para compreender sua escuridão",9 comentou ela.<br />
<br />
Na tentativa de dar uma ideia da intensidade dessa provação, a jovem carmelita
imagina ter nascido num país coberto por denso nevoeiro, onde não era possível
contemplar as maravilhas da natureza banhada pelos raios do Sol. Mas ela tem
conhecimento, por intuição e por ter ouvido falar, da existência de um reino
luminoso, onde tudo é excelente e admirável, a verdadeira pátria das almas. Por
ora, contudo, os homens vivem no país das trevas. O Rei do país luminoso quis
abrir os olhos de todos para as maravilhas que os esperam, porém muitos não
quiseram ouvi-lo: "As trevas não compreenderam que esse Divino Rei era a
luz do mundo...".<br />
<br />
Quanto mais ela procura o Reino da Luz, mais as trevas a envolvem e insuflam em
sua alma pensamentos de desespero: "Sonhas com a luz, com uma pátria
embalsamada dos mais suaves perfumes. Sonhas com a posse eterna do Criador de
todas essas maravilhas. Crês poder sair um dia dos nevoeiros que te cercam!
Avança, avança! Alegra-te com a morte que te dará, não o que esperas, mas uma
noite mais profunda ainda, a noite do nada". De vez em quando, um
minúsculo raio de luz lhe trazia um pouco de alento, mas logo depois as trevas
a envolviam de novo.<br />
<br />
Teresinha nunca cedeu a essa tentação. Enfrentou o inimigo com valentia, a
ponto de poder declarar: "Julgo ter feito neste ano mais atos de fé do que
durante todo o resto de minha vida". Manifestava sua alegria em sofrer por
amor a Jesus, bem como sua disposição de padecer muito mais ainda, se pudesse
com isso reparar apenas um pecado contra a fé.<br />
<br />
</span><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #993300; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">O
pincel de Deus</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
Reconhecendo as raras virtudes da irmã Teresa, a superiora do Carmelo a
convidou a ser mestra de noviças. Ela não se julgava à altura desse encargo,
mas a obediência a fez perceber nas palavras da superiora a mesma ordem dada
pelo Divino Mestre a São Pedro: "Apascenta os meus cordeiros"
(Jo 21, 15). Assumiu então a função, mas a título de auxiliar da
madre superiora, a qual acumulava os dois cargos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No exercício dessa função, Teresinha
logo notou como as almas são diferentes e, sobretudo, como é delicada a tarefa
de conduzi-las a Deus. Quantas orações, quantos sacrifícios são necessários
para fazer-lhes bem! Aliás, orações e sacrifícios "são as armas
invencíveis que Jesus me deu", declarou a Santa.<br />
<br />
Para explicar como concebia o papel de uma mestra de noviças, a jovem carmelita
recorreu a uma singela parábola. Se uma tela pintada por um grande artista
pudesse pensar e falar, ela por certo não reclamaria por receber sucessivas
pinceladas, nem invejaria o pincel, mero instrumento nas mãos do pintor ao qual
deve a sua beleza. O pincel, por sua vez, não poderia vangloriar-se do trabalho
executado, pois, com bom ou mau instrumento, o que vale de fato é a habilidade
do artista. E concluiu: "Minha Madre muito amada, sou um pincelzinho
escolhido por Jesus para pintar sua imagem nas almas que me confiastes".<br />
<br />
Teresinha exercia com dedicação seu difícil encargo. Como havia já vencido muitas
batalhas espirituais, estava preparada para ensinar às suas discípulas o
caminho da perfeição. "O amor se nutre de sacrifícios. Quanto mais a alma
se recusa as satisfações naturais, tanto mais sua ternura se torna forte e
desinteressada" - insistia ela.<br />
<br />
Com toda certeza, não imaginava a humilde freira que o Divino Artista, muito
mais do que "retocar" detalhes na tela das almas das noviças do
Carmelo de Lisieux, usaria aquele humilde pincelzinho para produzir obras de
arte em todas as nações do universo. Com efeito, criou Ele condições para os
sublimes ensinamentos de Santa Teresinha serem transmitidos às sucessivas
gerações, por meio de parábolas, à maneira do Divino Mestre. Método, aliás,
muito adequado, segundo São Tomás de Aquino, para instruir tanto os sábios
quanto as pessoas simples.<br />
<br />
São as parábolas de Santa Teresinha, ademais, vivas e atraentes descrições das
batalhas travadas e das vitórias conquistadas por ela no decorrer de sua breve
existência. Saibamos aproveitar, para nossa própria santificação, as lições
nelas contidas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"><b><i><span style="font-size: xx-small;">Revista Arautos do Evangelho, Outubro - 2015</span></i></b><span style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-75016051854870420052016-08-18T13:49:00.001-07:002016-08-18T13:49:08.746-07:00A Missa explicada por São Pio de Pietrelcina<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Padre Pio era o modelo
de cada padre... Não se podia assistir "à sua Missa", sem que nos
tornássemos, quase sem perceber, "participantes" desse drama que se
vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia
a Paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois lhe
ajudava, na Missa. Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se,
em primeiro lugar, a Cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: "Creio que
a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é
preciso recebê La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração,
tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós".(27 de julho 1917).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Pouco depois da minha
ordenação sacerdotal, explicou me ele que, durante a celebração da Eucaristia,
era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata se,
antes de tudo, de compreender e de perceber que o Padre no altar “é” Jesus
Cristo. Do sinal da Cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus
no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste
"mar de lama" do pecado. E, a partir desta visão, é preciso escutar
as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O Ofertório: É a prisão,
chegou a hora... O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus
dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta "Hora". Desde
o início da oração Eucarística até a Consagração: Nós nos unimos a Jesus em Seu
aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu
caminhar com a Cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no
"Memento", olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos
especialmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A Consagração nos dá o
Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria
crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste
momento da Missa. Nós nos uníamos em seguida a Jesus na Cruz, oferecendo ao
Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração
litúrgica que segue imediatamente à Consagração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> "Por Cristo com Cristo e em Cristo"
corresponde ao brado de Jesus: "Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu
Espírito!" Desde então, o sacrifício é consumado por Cristo e aceito pelo
Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se
encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita se a
oração de todos os filhos: "Pai Nosso...".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A fração da hóstia
indica a Morte de Jesus... A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a
Hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no
cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o
Sangue estão de novo reunidos e é a Cristo Vivo que vamos comungar. A Bênção do
Padre marca os fiéis com a Cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário
distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do maligno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Depois de ter escutado
uma tal explicação dos lábios do próprio Padre Pio e sabendo bem que ele vivia
dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido de segui-lo neste
caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">Fonte:
Tradition Catolica, nº 141, nov/1998, citando "Assim Falou o Padre
Pio" (S. Giovanni Rotondo, Foggia, Itália, 1974) com o Imprimatur de D.
Fanton, Bispo Auxiliar de Vicenza (com pequenas adaptações). Autor: Pe. Jean
Derobert. Publicado na Catolicanet, em 12/3/2004.<o:p></o:p></span></i></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-83302670739367824552016-06-07T08:18:00.003-07:002016-06-07T08:18:58.015-07:00Ação de graças após a Sagrada Comunhão<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Numa igreja de
Roma, em fins do século XVI, o sacerdote termina de celebrar a Missa e sai
apressadamente da sacristia. Anda pela rua a passos rápidos, impelido por
importantes ocupações de seu ministério. Não sem grande surpresa, percebe que
seus dois coroinhas, revestidos ainda de túnica e sobrepeliz o alcançam e se
põem a seu lado, portando cada qual uma vela acesa... Os transeuntes abrem
alas, com respeito, como para a passagem do Santíssimo Sacramento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">— O que estão
fazendo? — pergunta aos jovens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">— O padre
Filipe nos mandou seguir o senhor! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O ministro de
Deus logo compreende sua falta. Recolhido e contrito, retorna à igreja para
fazer a ação de graças, sempre seguido pelos coroinhas com suas velas acesas,
que indicavam a todos a presença da Sagrada Eucaristia...1 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Deste modo
inequívoco, com traços de amabilidade, o fundador da Congregação do Oratório,
São Filipe Neri, procurava advertir seus padres da suma importância de fazer
com respeitoso recolhimento a ação de graças após a Sagrada Comunhão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ora, o que o
Santo florentino via e lamentava em sua época, vemo-lo também nós, <i>mutatis
mutandis</i>, no século XXI: muitas vezes, até mesmo pessoas bem intencionadas
descuram o período de ação de graças, não dando a devida importância às
Sagradas Espécies que acabam de receber.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">É o próprio Cristo que recebemos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6cP0X0bNA4Qv0TqwNUO8-ApCF-9HXx0c2pHE9L8RYmEsVXzit-QXR7vhheoYrTgyXfKFzlzOnXg7_bqRAZRSI3vTTAXfQhYl7pyaigANTKMoW25JHLYMzVwbjc3HJTfbCYV_B9CZOKLA/s1600/%25C3%259Altima+Ceia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6cP0X0bNA4Qv0TqwNUO8-ApCF-9HXx0c2pHE9L8RYmEsVXzit-QXR7vhheoYrTgyXfKFzlzOnXg7_bqRAZRSI3vTTAXfQhYl7pyaigANTKMoW25JHLYMzVwbjc3HJTfbCYV_B9CZOKLA/s1600/%25C3%259Altima+Ceia.jpg" /></a><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Para melhor
compreendermos a inefável graça que recebemos ao comungar, é imprescindível
lembrarmos de que é o próprio Deus, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, que penetra
no nosso interior. A Sagrada Hóstia que o sacerdote nos entrega em nada se
diferencia das que adoramos no tabernáculo ou no ostensório. Por isso, alguns
teólogos não hesitam em afirmar que poderíamos nos ajoelhar diante de quem
acabou de comungar, como o fazemos diante do sacrário, uma vez que Deus está
realmente presente tanto num quanto no outro.2 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Recordando
esta verdade, o Papa Bento XVI inicia sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal
Sacramentum Caritatis dizendo: “Sacramento da caridade, a Santíssima Eucaristia
é a doação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando-nos o amor infinito de
Deus por cada homem”.3 Mais adiante, no mesmo documento, nos aconselha que “não
seja transcurado o tempo precioso de ação de graças depois da Comunhão”,4 e
salienta a conveniência de permanecermos recolhidos em silêncio durante esta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Na Última
Ceia, Cristo declarou aos Apóstolos que havia desejado ardentemente dar-lhes
seu Corpo e seu Sangue como alimento espiritual (cf. Lc 22, 15-20). Assim como
Se deu a eles naquela ocasião, dá-Se a nós em cada Santa Missa, com uma vontade
de visitar-nos maior do que o nosso desejo de recebê-Lo. Como, pois, não
aproveitarmos esses instantes de intimidade nos quais temos Deus presente, de fato,
em nosso coração?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 8.0pt;">Cf. SÃO LEONARDO DE
PORTO-MAURÍCIO, . Raccolta delle Opere Sacro- -Moral. Venezia: Giuseppe Antonelli,
1840, v.VII, p.14.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 8.0pt;">2 Cf. MONSABRÉ, OP,
Jacques-Marie Louis. La communion. In: Conférences de Notre-Dame de Paris.
Carême 1884. Paris: L’Année Dominicaine, 1884, p.9.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 8.0pt;">3 BENTO XVI. Sacramentum Caritatis,
n.1.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 11pt; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 8.0pt;">Texto extraído da Revista Arautos out 2013<o:p></o:p></span></i></b></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-41658213658880144582016-05-25T15:15:00.003-07:002016-05-25T15:15:59.505-07:00Considerações para a festa de Corpus Christi<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm 11pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="color: blue;"><b>O Pão dos fortes</b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: blue;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUKkM7b5j3quTt_m-K8PSNqwOU34BKRMADqAWg8Nq9cKspvLumTpj8yXv-Hm8H982zSnbYdoTAIAI3hNICvneAuQE2Uw-h_2s02ook_ov6BUYi0-id7OGyeoVQaB3AsI_UWRl_3ctWbsCm/s1600/Corpus+Christi_Arautos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUKkM7b5j3quTt_m-K8PSNqwOU34BKRMADqAWg8Nq9cKspvLumTpj8yXv-Hm8H982zSnbYdoTAIAI3hNICvneAuQE2Uw-h_2s02ook_ov6BUYi0-id7OGyeoVQaB3AsI_UWRl_3ctWbsCm/s1600/Corpus+Christi_Arautos.jpg" /></a></b></span></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nas biografias de
Jacinta e Francisco, os dois pastorinhos de Fátima recentemente elevados à
glória dos altares, leem-se passagens tocantes acerca de seu amor à Sagrada
Eucaristia. Sua intensa devoção a “Jesus escondido” — como, de modo encantador,
referiam-se ao Santíssimo Sacramento — transpareceu de maneira especial durante
a enfermidade que os manteve presos ao leito e os havia de levar, tão jovens
ainda, à sepultura. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“Olhe! Vá à igreja, e dê
muitas saudades minhas a Jesus escondido”, pedia Francisco à sua prima Lúcia.
E, em meio a uma heroica resignação, só lamentava não mais poder rezar e
consolar o Santíssimo Sacramento, na igreja paroquial. Perto de sua partida
deste mundo, receber a Sagrada Comunhão o inundou de felicidade: “Hoje sou mais
feliz do que você”, dizia à irmã, “porque tenho dentro do meu peito a Jesus
escondido”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Quanto a Jacinta,
costumava recomendar à prima: “Olhe! Diga a Jesus escondido que eu gosto muito
d’Ele, que O amo muito, e que Lhe mando muitas saudades”. E noutra ocasião,
quando Lúcia voltava da igreja, disse-lhe: “Chegue aqui bem junto de mim, porque
você tem em seu coração a Jesus escondido. É tão bom estar com Ele!” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Essas duas crianças,
cuja breve existência foi marcada pelo sacrifício e pela santidade,
deixaram-nos assim um grande e sapiencial ensinamento, cuja lembrança é
especialmente oportuna em vista da festa de <i>Corpus Christi</i>.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Com razão é a Sagrada
Eucaristia chamada de Pão dos fortes, verdadeiro alimento espiritual que não
pode faltar à alma. Sem ele, dificilmente o fiel se manterá nas vias da
virtude. É um pão sobrenatural que dá à inteligência a limpidez necessária para
discernir as verdades da fé, preserva do erro e faz brotar o senso católico.
Nenhum recurso é mais poderoso do</span> <span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">que a Sagrada Eucaristia, para
despertar e solidificar as virtudes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;"><i>Texto extraído da Revista Dr Plinio 27 jun 2000</i></span></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-18339196855799243052016-04-01T08:41:00.002-07:002016-04-01T08:41:17.755-07:00O milagre eucarístico de Tumaco<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #1f497d; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-themecolor: text2;">Numa pequena ilha do litoral Pacífico, em pleno século XX, deu-se um
acontecimento cuja grandeza lembra certos feitos extraordinários relatados nas
Sagradas Escrituras!<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Oficial - Circular -
Urgente. Bogotá, 6 de fevereiro de 1906. Governadores, por ordem do
Excelentíssimo Senhor Presidente transcrevo seguintes notícias: Tumaco, 31 de
janeiro. Hoje às 10h da manhã terrível terremoto. Algumas casas desmanteladas;
barracas afundadas; vários armazéns destruídos. [...] Pânico geral, pois o mar
ameaça terrivelmente".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Com este dramático
telegrama enviado da capital para todo o país, Colômbia tomava conhecimento do
acontecido em Tumaco, ilha do litoral sudoeste, parcamente habitada naquele
tempo: um movimento sísmico de grandes proporções prenunciava a chegada de um
devastador tsunami! E não era a primeira vez que uma onda gigante ameaçava
submergi-la...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Uma ilha castigada pelo mar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Dois séculos antes, em
1738, Dom Pedro Vicente Maldonado, governador da antiga província de
Esmeraldas, à qual pertencia a ilha, descrevia a realidade com a qual se
deparara ao visitar a cidade: "Tumaco estava afastada seis léguas" -
medida que equivale a aproximadamente 5,5 km - "da costa [...]. Contava
com três quartos de légua de circunferência, tinha o solo arenoso, com árvores
frutíferas, e o mar, há pouco, desenterrara os defuntos sepultados na igreja.
Possuía 300 habitantes...".</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Quantas vezes as águas
terão castigado este território insular? É curioso notar que em 1906 a ilha
contava com 2,5 mil habitantes, e doze anos mais tarde, mesmo tendo passado por
várias catástrofes, a população já excedia o número de 22 mil... Por acaso sua
gente era atraída pelo risco?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um pitoresco relato da
época, elaborado por um escritor natural da região, parece responder a esta
pergunta, quando descreve a relação que havia entre o mar e aquelas ilhas:
"Nascidas, embelezadas e já habitadas as criaturinhas, este Saturno 3
desapiedado começa a pretender engoli-las. Muda o curso de suas correntes para
pegá-las desprevenidas; levanta avalanches inusitadas para atacá-las por
detrás; agita-se no seu leito de conchas e corais este monstro irrequieto, para
arrancá-las de cima de si, como se lhe fizessem cócegas, tal qual as moscas nas
costas de um cavalo. Então os homens incautos, que edificaram sobre areia,
levantam seus gritos ao Céu e fazem memoriais ao governo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em geral, ocorre um
tsunami quando um terremoto submarino registra grande magnitude na escala
Richter. O que acometeu Tumaco em 1906, de grau 8.8 Mw, foi "considerado
um dos mais fortes já registrados na história sísmica do mundo. [...] Sentiu-se
em toda a zona Pacífica e Andina da Colômbia e Equador".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mal sabiam os fundadores
da cidadezinha que a 100 km da praia, nas profundezas oceânicas, encontrava-se
a principal falha sísmica do território colombiano... Se o soubessem quiçá
tivessem pensado duas vezes antes de estabelecerem ali suas residências. Talvez
Deus o tenha permitido para manifestar, de modo admirável, o quanto sua
proteção se prodigaliza sobre os que n'Ele confiam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Região agraciada por Deus<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwGKuTP50jENC6EWwcGdVPFyDf0Xb_b4a-l77-8-SnCGTYwurp9dmtaW6KnOeROWy2uQd_Uce3pZJcN4EGlkcMkopHbWYuNK2fN4Pwrbphjjh7LTNamSM5YvlLmP9jfmFQQFhZHhLkv-V5/s1600/Santo+Ezequiel+Moreno+y+D%25C3%25ADaz1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwGKuTP50jENC6EWwcGdVPFyDf0Xb_b4a-l77-8-SnCGTYwurp9dmtaW6KnOeROWy2uQd_Uce3pZJcN4EGlkcMkopHbWYuNK2fN4Pwrbphjjh7LTNamSM5YvlLmP9jfmFQQFhZHhLkv-V5/s320/Santo+Ezequiel+Moreno+y+D%25C3%25ADaz1.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">No primeiro mapa da
província, elaborado em 1749, aparece Tumaco já caracterizada por um arraigado
fervor católico: um conjunto de 15 casas em torno de uma igrejinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A cerca de 200 km de
Tumaco, no departamento do Nariño, encontra-se Ipiales, cidade favorecida pela
presença milagrosa de Nossa Senhora de Las Lajas. Sobre a gruta, em cujas
paredes a misteriosa imagem foi encontrada gravada na pedra, em 1754,
levantou-se um santuário, no qual milhares de fiéis recebem incontáveis favores
sobrenaturais, até os nossos dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em 1888, Nariño recebeu
um grupo de missionários agostinianos recoletos, provindos da Espanha. À frente
deles estava o padre Ezequiel Moreno Díaz que, pouco tempo depois de sua
chegada, foi nomeado Bispo da Diocese de Pasto, à qual estava ligada Tumaco. O
incansável zelo pelas almas deste missiónario agostiniano elevou-o à honra dos
altares: em 1975 ele seria beatificado por Paulo VI e, em 1992, o Papa João
Paulo II o inscreveria no catálogo dos Santos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">No entanto, uma das
maiores provas da predileção divina por esta região se relaciona precisamente
com o célebre acontecimento de Tumaco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Misteriosa preservação das águas do maremoto<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O seguinte relato,
publicado pelos expertos do serviço geológico colombiano acerca da catástrofe
sísmica de 1906, deixa-nos com um ponto de interrogação acerca da chegada do
tsunami à cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvvKRq9_S2zf2U4eLrlcKpvcDlCXpyEXECTxOpal06Nj5oSZ-6toItpNdVOi_qzO0qX0-rFrvJSj6mWBMQ5whvYdDj-bRbMLX2jAb-RL0obXCiHMZlkLgvXMFqOaSUyr4eI2kRHmXNceNK/s1600/view+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvvKRq9_S2zf2U4eLrlcKpvcDlCXpyEXECTxOpal06Nj5oSZ-6toItpNdVOi_qzO0qX0-rFrvJSj6mWBMQ5whvYdDj-bRbMLX2jAb-RL0obXCiHMZlkLgvXMFqOaSUyr4eI2kRHmXNceNK/s320/view+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mostram eles que depois
de uma primeira onda ter-se dispersado ao romper com violência contra duas
ilhotas, "chegou uma segunda onda, a qual igualmente passou sem causar
danos. Entretanto, não tardaram a notar que uma das duas ilhas que protegiam a
cidade tinha sido arrasada pelo mar. Várias casas localizadas na costa foram
derrubadas pela onda, outras foram avariadas fortemente, mas não houve nenhuma
vítima".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Porém, na costa do
continente a situação foi muito diferente. "A uma distância de 80 a 100 km
havia muitos povoados e plantações que foram destruídos, sem exceção, como
também aqueles situados ao longo dos vários rios, a maior parte, provavelmente,
por causa da grande onda que se seguiu ao terremoto. A perda em vidas humanas
estima-se num total de 500 a 1000. Sem embargo, é provável que a cifra exata
jamais seja conhecida".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Como explicar que
localidades vizinhas e até outras muito distantes foram arrasadas pelas águas
do maremoto, e de Tumaco apenas se diz que o movimento sísmico "deixou
destruídas e danificadas algumas casas"?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Frei Bernardino García
de la Concepción, também agostiniano recoleto a cargo da província do Panamá,
ao noroeste colombiano - muito distante do epicentro -, relata que sua cidade
"estava na maior baixa-mar e, de repente - eu o vi -, veio a preamar e
ultrapassou o porto, entrando no mercado e arrastando toda espécie de caixas;
as embarcações menores foram lançadas a grande distância".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Vê-se com toda clareza
que Tumaco foi poupada da inundação que se generalizou ao seu redor. A que se
deveu tão misteriosa preservação?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Iminência de um trágico cataclismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Alguns anos antes de
tais acontecimentos, dois agostinianos recoletos foram designados pelo santo
Bispo de Pasto, Dom Ezequiel Moreno y Díaz, para cuidarem das almas naquelas
paragens. Eram eles frei Gerardo Larrondo de San José, nomeado pároco de Tumaco,
e frei Julián Moreno de San Nicolás de Tolentino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Até 31 de janeiro de
1906 tinham exercido seu ministério sem grandes dificuldades, no meio de um
povo de acentuada apetência religiosa. Não obstante, na manhã deste dia, às
10:36h, a terra tremeu de forma terrível, derrubando todas as imagens que eram
veneradas na igrejinha paroquial. Tomados pelo pânico, os fiéis correram ao
encontro dos religiosos, rogando-lhes que organizassem uma procissão para
implorar a Deus proteção nesta emergência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Os sacerdotes procuraram
acalmar a multidão, incutindo-lhe confiança. Mas quando lhes chegou a notícia
de que o mar já havia recuado 1 km da praia, perceberam estar na iminência de
um trágico cataclismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">A imensa vaga se deteve<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O padre Larrondo
apressou-se em ir à igreja e, aproximando-se do sacrário, tomou uma Hóstia
grande consagrada e um cibório para protegê-la. Dirigiu-se rapidamente para
junto do povo e, ostentando a Hóstia, exclamou: "Vamos, meus filhos! Vamos
todos em direção à praia e que Deus Se apiede de nós!".10 A multidão,
antes assaltada pelo pânico, viu-se tomada por uma coragem inexplicável e, sem
hesitar, rumou em direção ao perigo, impelida pela presença de Jesus
Sacramentado e pela fé de seu pastor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Logo o padre Larrondo já
se encontrava pisando o terreno antes banhado pelas águas. Na praia, os
paroquianos não cessavam de rezar, enquanto divisavam, ao longe, um assustador
paredão de água avançando em alta velocidade. Atônitos, puderam contemplar como
o sacerdote, aguardando impávido que a onda se aproximasse, erguia ao alto a
Sagrada Espécie e com ela traçava um grande sinal da Cruz...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Momento inesquecível! Se
no Mar Vermelho outrora as águas se abriram, aqui "a onda avança mais um
pouco e, antes que o padre Larrondo e o padre Julián percebessem o que
acontecia, a população, comovida e absorta, pôs-se a gritar: ‘Milagre!
Milagre!'. A imensa vaga que ameaçava destruir o povoado de Tumaco deteve-se
repentinamente, como bloqueada por uma força invisível maior que a da natureza,
enquanto o mar retomava o seu estado de normalidade".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Aos soluços de terror
sucederam lágrimas de alegria, e o padre Larrondo ordenou que se trouxesse às
pressas o ostensório, para nele entronizar a Sagrada Hóstia, duas vezes
miraculosa. Percorreu então, com toda pompa, as ruas e arredores da cidade
salva do extermínio. A partir desta data, o povo passou a se reunir na igreja
paroquial todos os anos, para agradecer o estupendo milagre realizado pela
presença do Santíssimo Sacramento, comparável em grandeza - ousamos dizer... -
àqueles que se encontram relatados nas Sagradas Escrituras!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Revista Arautos do Evangelho, Junho
- 2015<o:p></o:p></span></i></b></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-44874985996104870442016-03-24T16:32:00.004-07:002016-03-24T16:32:52.908-07:00Semana Santa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRqlEHf3tKBsqTIW-kQ3xrP5c7ExFXOGh6OsMvIz4b4AKpokmc9io9-pAmtLmfGAnGnpMsRfU6vHuyS6M0QX7MXPo_G3H0xakr1hz9_Zxf1KwhVVwOgzKK8FcORkcTPJjFe8QUoLNCM3O3/s1600/cruz-arautos-do-evangelho.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRqlEHf3tKBsqTIW-kQ3xrP5c7ExFXOGh6OsMvIz4b4AKpokmc9io9-pAmtLmfGAnGnpMsRfU6vHuyS6M0QX7MXPo_G3H0xakr1hz9_Zxf1KwhVVwOgzKK8FcORkcTPJjFe8QUoLNCM3O3/s320/cruz-arautos-do-evangelho.jpg" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Antigamente
as pessoas se aproximavam de Nosso Senhor Jesus Cristo crucificado com um senso sacral, um enlevo,
uma admiração, uma ternura enorme. Na Semana Santa ainda havia qualquer coisa
dessas, as pessoas se vestiam de preto, não se fazia barulho, as crianças não
podiam falar alto, os motores não funcionavam, as chaminés das locomotivas não
apitavam, e uma espécie de doçura de dor pairava sobre toda a humanidade. Aí a
gente compreendia o que São Luís Grignion fala da suavidade do sofrer. Porque o
Nosso Senhor estar presente nesse sofrimento dava uma suavidade, dava uma
tranquilidade de alma, dava uma resignação da qual o homem moderno já não tem
nenhuma ideia, nenhum conhecimento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><b><i><span style="font-size: xx-small;">Plinio Correa de Oliveira</span></i></b></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-7054877569935482512016-02-18T09:53:00.000-08:002016-02-18T09:53:55.401-08:00Quatro jesuítas miraculosamente preservados da hecatombe de Hiroshima<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">O Superior Provincial da
Companhia de Jesus no Japão, Pe. Hugo Lassalle, e outros três jesuítas — Pe.
Hubert Schiffer, Pe. Wilhelm Kleinsorge e Pe. Hubert Cieslik — encontravam-se
em Hiroshima no trágico dia 6 de agosto de 1945, quando caiu sobre ela a Little
Boy, primeira bomba atômica detonada em território habitado.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4SpmFIZpE1E7xWW8jNCjESO07hMiT_btAkRppDYOvrb90ucnRA_hPDxpcC5L_tCTk6GXW3C_GcFvfdJV3TOk46vrZ557UBqxSaw038df5SZk6bVLf97a3rNIRGY6k229O6PTMBanCiVid/s1600/Hiroshima.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4SpmFIZpE1E7xWW8jNCjESO07hMiT_btAkRppDYOvrb90ucnRA_hPDxpcC5L_tCTk6GXW3C_GcFvfdJV3TOk46vrZ557UBqxSaw038df5SZk6bVLf97a3rNIRGY6k229O6PTMBanCiVid/s320/Hiroshima.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Moravam na casa
paroquial da Igreja Nossa Senhora da Assunção, perto do centro de explosão da
bomba que arrasou milhares de imóveis num raio de 3 km e matou cerca de 80 mil
pessoas. No momento da detonação, um deles celebrava a Sagrada Eucaristia e os
demais cuidavam de seus afazeres cotidianos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Entretanto, de modo humanamente
inexplicável, esses filhos de Santo Inácio escaparam ilesos da catástrofe: nada
sofreram, além de pequenos ferimentos causados por estilhaços de vidro. O fato,
registrado por historiadores e médicos, tornou-se conhecido como o “milagre de
Hiroshima”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Poucos dias após a
explosão, os quatro jesuítas foram submetidos a exames médicos e informados de
que, por efeito da radiação, sofreriam graves doenças e teriam morte prematura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nada disso aconteceu. Em
1976, o Pe. Hubert Schiffer participou de um congresso nos Estados Unidos e testemunhou
que todos estavam vivos e em boa saúde. Ao longo desses anos, eles foram
examinados cerca de duzentas vezes por diferentes médicos, sempre com o mesmo
resultado: nenhuma consequência da temida radiação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 11.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O Pe. Schiffer narrou em
detalhes a história no livro intitulado O Rosário de Hiroshima. E declarou que
os quatro atribuíam à mediação da Santíssima Virgem Maria o fato de terem escapado
de forma tão miraculosa: “Cremos que sobrevivemos porque vivíamos a mensagem de
Fátima” e “rezávamos diariamente o Rosário naquela casa”.<o:p></o:p></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-66357882237373545872016-02-11T04:03:00.003-08:002016-02-11T04:03:22.024-08:00Por que não comemos carne na Quaresma? <iframe width='480' height='270' src='http://www.arautos.org/embed/enbed.php?d=6&c=54&v=0000011f-cc68-47b5-f507-2498cf25e5f9.mp4&i=232' scrolling='no' frameborder='0' allowfullscreen> </iframe> Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-82741110388785827822015-12-23T03:41:00.001-08:002015-12-23T03:41:13.717-08:00O mistério da Estrela de Belém<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG7LwqGKBGze9CjfAgTwrz1Xc3v-g2HjrRvBis3yo4F3ydITXTQ6pOpXgSpGl9DlsTmnlHtdCL5jFSHu8nhpnHM65YRtmBLz2U6VqRkuJVDjcsC73ULDVq9tlREM7nogxGg6PLKP4dgAEn/s1600/Estrela+Reis+Magos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG7LwqGKBGze9CjfAgTwrz1Xc3v-g2HjrRvBis3yo4F3ydITXTQ6pOpXgSpGl9DlsTmnlHtdCL5jFSHu8nhpnHM65YRtmBLz2U6VqRkuJVDjcsC73ULDVq9tlREM7nogxGg6PLKP4dgAEn/s640/Estrela+Reis+Magos.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Nas Sagradas Escrituras vemos
Deus muitas vezes comunicar-se aos homens por meio de sinais na natureza: a
brisa da tarde no Paraíso, o
arco-íris após o dilúvio, a sarça ardente, a diáfana nuvem de Santo Elias etc.
E em seu próprio nascimento, Ele quis usar de um sinal no céu: a Estrela de
Belém. Esse fato nos é narrado apenas por um dos evangelistas: São Mateus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Na verdade, naquela época
acreditava- se que o nascimento de pessoas importantes estava relacionado com
certos movimentos dos astros celestes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Assim, dizia-se que Alexandre o
Grande, Júlio César, Augusto e até filósofos como Platão tiveram a sua estrela,
aparecida no céu quando eles vieram ao mundo. Muito se tem comentado a respeito
da estrela surgida aos três Reis Magos , guiando-os até o local bendito em que
o Salvador haveria de nascer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">E não faltaram homens de
ciência tentando encontrar uma explicação natural para esse evento
sobrenatural, centro da história humana. Não temos a pretensão de fazer um
compêndio científico a respeito, mas não deixa de ter certo interesse conhecer,
ainda que de modo sumário, as principais tentativas de solucionar esse enigma.
Uma das primeiras teorias levantadas era que esse astro teria sido o planeta
Vênus. Pois a cada 19 meses, pouco antes do nascer do Sol, ele aparece dez
vezes mais claro que a mais brilhante das estrelas: a Sírius.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas esse já era, então, um
fenômeno assaz conhecido pelos povos do oriente e, portanto, para os Reis Magos
nada teria de extraordinário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Outra hipótese foi levantada por
um astrônomo reconhecido nos meios científicos do século XVI: Johannes Kepler.
Tentou ele demonstrar com seus longos estudos, que esse astro não era apenas
um, mas a conjunção de dois planetas: Júpiter e Saturno. Quando eles se
sobrepõem, somam-se os respectivos brilhos. Um fenômeno desses foi por ele
observado em 1604 e podia produzir um efeito semelhante ao que nos conta a
Bíblia. A partir daí, Kepler defendeu sua teoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas existem três problemas ao
fazer essa afirmação: primeiro, essa conjunção dura apenas algumas horas, e a
estrela que apareceu para os Reis Magos foi visível por eles durante semanas;
segundo, Júpiter e Saturno nunca se fundem completamente numa única estrela.
Mesmo a olho nu, seriam sempre visíveis dois corpos; terceiro, ao menos que a
data do nascimento do Menino Jesus esteja muito mal calculada, tal conjunção só
poderia ter lugar três anos depois.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Há quem diga que a estrela foi,
na verdade, um meteoro especialmente brilhante. Mas um meteoro só pode durar
alguns segundos e seria muito forçado crermos que esses poucos segundos de
visibilidade bastariam para guiar os reis magos numa viagem através de
quilômetros em um deserto inabitável, e que ao chegarem em Belém, apareceu um
outro meteoro semelhante, indicando o local exato onde estava o Menino-Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Orígenes, Padre da Igreja
nascido em Alexandria, Egito, chegou a acreditar ser a Estrela de Belém um
cometa. Pois alguns cometas chegam a ser centenas de vezes maiores que a Terra,
e sua luz pode dominar o firmamento durante semanas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Além disso, alguns sustentam
que São Mateus teria ficado tão impressionado com o cometa Halley, visto nos
céus em 66 d.C. ou pelo testemunho dos mais antigos cristãos que o tinham visto
em 12 a.C., que o incluiu na história. Outros afirmam ter sido o próprio
Halley, a Estrela de Belém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas devemos reconhecer que as
duas datas citadas estão muito afastadas do nascimento de Jesus, para serem
unidas a ele. E segundo os dados catalogados, não há menção de nenhum outro
cometa que tenha sido visto a olho nu entre os anos 7 a.C e 1 d.C., período no
qual se aceita ter nascido o Messias. Além disso, é corrente serem os cometas
na Antiguidade anunciadores de desgraças e não de bênçãos. Uma última hipótese
dita científica é a que tenha sido uma "Nova".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Existem certas estrelas que
explodem de tal forma que sua luz aumenta centenas de vezes em poucas horas.
São as chamadas "Novas", ou "Supernovas", dependendo da
intensidade da explosão. Calcula-se que a cada mil anos, aproximadamente, uma
estrela se transforme em "Supernova", sendo este fenômeno visível
durante vários meses, até mesmo durante o dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas já não se crê nessa
hipótese, pois tais explosões, devido à sua magnitude mesmo depois de séculos
deixam traços inconfundíveis no espaço, como manchas estelares etc. Entretanto,
até hoje não se descobriu nenhum indício de tal fenômeno ocorrido nesse período
histórico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Embora várias tentativas de
explicação científica não tenham dado respostas plenamente satisfatórias ao
mistério da Estrela de Belém, isso em nada diminui o mérito dos esforçados
estudiosos que com reta intenção buscam desvendar os enigmas da natureza.
Mas deixando essas hipóteses de lado por um momento,
voltemos nossos olhos à outro aspecto da questão: o campo teológico, onde se
considera que essa estrela era a realização da profecia do Antigo Testamento:
"Uma estrela avança de Jacó, um cetro se levanta de Israel" (Num
24,17).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Alguns teólogos defendem que
São Mateus fez uma interpretação das tradições da época, referindo-se ao astro
não como uma estrela no sentido literal, mas como símbolo do nascimento de um
personagem importante. Mas São Tomás, o Doutor Angélico, já havia pensado nisso
em sua época e resolveu a questão na Suma Teológica (III, q. 36, a.7), usando
cinco argumentos tirados de São João Crisóstomo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">1º. Esta estrela seguiu um
caminho de norte ao sul, o que não é comum ao geral das estrelas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2º. Ela aparecia não só de
noite, mas também durante o dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">3º. Algumas vezes ela aparecia
e outras vezes se ocultava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">4º. Não tinha um movimento
contínuo: andava quando era preciso que os magos caminhassem, e se detinha
quando eles deviam se deter, como a coluna de nuvens no deserto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">5º. A estrela mostrou o parto
da Virgem não só permanecendo no alto, mas também descendo, pois não podia
indicar claramente a casa se não estivesse próxima da terra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas se esse astro não foi
propriamente uma estrela do céu, o que era ela? Segundo o próprio São Tomás,
ainda citando o Crisóstomo, poderia ser:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">1º. O Espírito Santo, assim
como ele apareceu em forma de pomba sobre Nosso Senhor em Seu batismo, também
apareceu aos magos em forma de estrela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2º. Um anjo, o mesmo que
apareceu aos pastores, apareceu aos reis magos em forma de estrela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">3º. Uma espécie de estrela
criada à parte das outras, não no céu mas na atmosfera próxima à terra, e que
se movia segundo a vontade de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Como solução ao mistério da Estrela de Belém,
São Tomás acreditava ser mais provável e correta esta última alternativa. De
qualquer forma, temos a certeza de que essa estrela continua a brilhar não só
no alto das árvores de Natal, mas principalmente na alma de cada cristão ao
comemorar a Luz nascida em Belém para iluminar os caminhos da humanidade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;"><b><i>Revista Arautos do Evangelho, Dez/2007</i></b></span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-6862846264148357292015-12-02T03:38:00.000-08:002015-12-02T03:38:07.064-08:00Os ciclos litúrgicos dominicais<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="color: blue;"><b><i>Numerosos são os frutos que
pode o fiel tirar da frequente assistência à Santa Missa. Dentre eles, é amiúde
esquecido um de suma importância: aproveitar a imensa riqueza das Sagradas Escrituras.</i></b></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV0nNCy3HGWmNQSsntXdLz1sf4juNyU8zRNAz6TUkwCMDiNs6bdQiESCHwhVYZeGZQ5EjC4-Q8Wb59aXcX-WSWQlmGaVT3GinGbHanWG97TUaVWHUNo9Q8UE3GkTCnCcU-ZxHf-Cy0PaWW/s1600/ciclo+liturgico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV0nNCy3HGWmNQSsntXdLz1sf4juNyU8zRNAz6TUkwCMDiNs6bdQiESCHwhVYZeGZQ5EjC4-Q8Wb59aXcX-WSWQlmGaVT3GinGbHanWG97TUaVWHUNo9Q8UE3GkTCnCcU-ZxHf-Cy0PaWW/s320/ciclo+liturgico.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A participação no Banquete
Eucarístico, infinito obséquio de Deus para os homens, não pode ser vista como
mera rotina ou obrigação do fiel nos dias de preceito. Pois, sendo Deus a
Sabedoria em substância, tudo quanto Ele faz obedece a um superior desígnio em
ordem à sua maior glória, à melhor ordenação das criaturas e ao benefício dos
homens.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Consideradas sob esse prisma,
as obrigações que a Igreja nos impõe — a primeira das quais é participar da
Missa aos domingos e dias santos de guarda — tomam um brilho todo especial,
revelando as maravilhas que durante o Santo Sacrifício nos são oferecidas às
mancheias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">De outro lado, apreciar melhor
o sentido e a profundidade das diversas partes da Celebração Eucarística muito
nos ajudará a fazer com que ela ocupe em nossas agitadas vidas seu merecido
lugar: o do mais importante acontecimento da semana, ou do dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ora, se no momento da Comunhão
o fiel encontra a mais íntima união possível com seu Redentor, presente nas
Sagradas Espécies, não podemos esquecer que Cristo está presente também “na sua
palavra, pois é Ele quem fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura”.1<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Deslumbrados pela inefável
graça de receber em nosso coração o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso
Senhor, corremos o risco de subestimar o imenso valor da Liturgia da Palavra.
Por outro lado, acompanhar com devoção a bela sucessão de leituras que esta nos
apresenta pode nos dar uma visão de conjunto harmoniosa, e com profundo sentido
teológico, de toda a Revelação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Como e com que intuito foi
composto este autêntico florilégio bíblico que se desenvolve progressivamente
ao longo dos anos? Comecemos com um pouco de História...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">A Celebração Eucarística nos tempos apostólicos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Desde tempo imemorial, a Igreja
se reunia para celebrar em comunidade a “fração do pão” (At 2, 42.46; 20,
7.11), isto é, a Eucaristia, sempre acompanhada da leitura da Palavra de Deus.
Fazia-o, por certo, ao modo herdado da Sinagoga (cf. Lc 4, 16-21), mas,
paulatinamente, aos livros do Antigo Testamento foram se unindo os do Novo. E
não custa imaginar a avidez dos primeiros cristãos por receber esses
testemunhos que lhes narravam as obras e os ensinamentos d’Aquele que “passou
fazendo o bem” (At 10, 38) e os instruíam a respeito do modo de viver cristão,
tão diferente do herdado dos pagãos ou da decadente religião judaica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A essência da celebração
dominical era naqueles primórdios a mesma de nossos dias, tanto no relativo à
Palavra de Deus quanto à renovação do Sacrifício do Calvário. Assim o atesta,
por exemplo, São Justino, já no século II:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"></span></div>
<a name='more'></a>“No chamado dia do Sol, todos
os que moram nas cidades ou nos campos reúnem-se num mesmo lugar e, na medida
permitida pelo tempo, leem-se os relatos dos Apóstolos ou os escritos dos
Profetas. Após a leitura, aquele que preside faz uso da palavra para exortar os
presentes a imitarem esses sublimes ensinamentos. Em seguida, todos nos
levantamos e oramos. Como foi dito acima, uma vez terminada a prece, trazem-
-se pão, vinho e água. E aquele que preside eleva ao Céu fervorosas preces e
ações de graças. O povo responde: ‘Amém’. Faz-se então, a todos os presentes, a
distribuição dos alimentos que foram consagrados, dos quais uma parte é levada
aos ausentes, pelos diáconos”.2<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Uma reforma exigida pelas circunstâncias<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ao longo dos séculos, a
contemplação amorosa da Palavra de Deus durante a Celebração Eucarística
evoluiu de forma orgânica e adaptada às várias culturas nas quais o
Cristianismo ia lançando a semente do Reino dos Céus. E como ainda não havia
costumes uniformes para a Igreja universal, os diversos ritos recolhiam certo
número de leituras que nem sempre estavam metodicamente organizadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mais adiante, as igrejas
particulares, muitas vezes coligadas com outras de uma mesma região ou nação,
começaram a criar os chamados lecionários, livros semelhantes aos usados nos
dias atuais, contendo os trechos da Escritura a serem proclamados na Liturgia
em cada momento do ano. Dentro dessa imensa variedade, mantinham-se invariáveis
o primitivo zelo dos pastores e o entusiasmo dos fiéis pelas Sagradas Letras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A uniformização viria no século
XVI, exigida de maneira premente pelas circunstâncias. Em primeiro lugar, os
limites do mundo conhecido foram muito ampliados, apresentando um imenso
desafio missionário. Diante da vastidão das terras descobertas, era mister
dotar de unidade o culto católico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">De outro lado, a negação do
caráter sacrifical da Santa Missa e da Presença Real de Nosso Senhor na
Eucaristia, propugnada por Lutero e seus seguidores, exigia, para bem do
rebanho, que fossem realçados estes pontos fundamentais da doutrina católica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Por estas e outras razões, o
Papa São Pio V promoveu uma reforma litúrgica aplicável a toda a Igreja de rito
romano. E, quanto à Liturgia da Palavra, ele estabeleceu um ciclo anual com
duas leituras semanais que, de modo bem diferente ao de nossos dias, ficavam
inseridas no próprio missal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Novos desafios, novos remédios<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Por estas breves pinceladas
históricas vemos como “a Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como
venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada
Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da
Palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo”.3<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ora, na segunda metade do
século XX, quase quatrocentos anos após a reforma efetuada por São Pio V, a
Igreja se deparava com uma sociedade que se afastava a passos largos das vias
do Redentor, imergindo numa mentalidade cada vez mais materialista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Tornava-se, pois, necessário
dotar os cristãos de eficientes recursos para fortalecer a Fé diante dessa
situação. Para isso, o Concílio Vaticano II considerou como um dos meios mais
adequados revalorizar a Palavra de Deus. Assim, seguindo as pegadas dos
Concílios Tridentino e Vaticano I, decidiu a magna Assembleia expor na
Constituição dogmática <i>Dei Verbum</i> “a genuína doutrina sobre a Revelação divina
e a sua transmissão, para que o mundo inteiro, ouvindo, acredite na mensagem da
Salvação, acreditando espere, e esperando ame”.4<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Com efeito, se, como já
afirmava Santo Agostinho, “pão é a Palavra de Deus que a cada dia nos é
pregada”, 5 cabe dar alimento em maior profusão aos membros do Corpo Místico de
Cristo no momento em que estes mais o necessitam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“É preciso que os fiéis tenham
acesso patente à Sagrada Escritura”, 6 afirma a <i>Dei Verbum</i>. Dois anos antes,
havia já recomendado a <i>Sacrosanctum Concilium</i>: “Prepare-se para os fiéis, com
maior abundância, a mesa da Palavra de Deus: abram-se mais largamente os
tesouros da Bíblia, de modo que, dentro de um período de tempo estabelecido,
sejam lidas ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura”.7<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A Esposa de Cristo, inalterável
em sua essência, cresce sempre em graça e santidade diante dos desafios que
cada época lhe apresenta. E a reforma da mesa da Palavra haveria de trazer
benefícios não pequenos ao povo de Deus nos novos tempos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">A Liturgia da Palavra na reforma litúrgica conciliar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Os Padres conciliares
manifestaram na <i>Sacrosanctum Concilium </i>um ardente desejo sintetizado nestas
palavras: “Seja mais abundante, variada e bem adaptada a leitura da Sagrada
Escritura nas celebrações litúrgicas”.8<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Para tornar efetivo esse
anseio, a Igreja criou um Lecionário Dominical, reservado aos domingos e
solenidades, e outro Ferial, usado nos dias da semana. O Dominical compõe-se de
três ciclos, correspondentes a três anos litúrgicos sucessivos: A, B e C. O
Ferial foi dividido em anos pares e ímpares, propiciando maior variedade nas
leituras bíblicas: só os trechos evangélicos são os mesmos para os anos pares e
ímpares, enquanto os trechos da primeira leitura e do Salmo Responsorial são
diferentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Assim, apenas pela participação
na Missa dominical os fiéis percorrem ao longo de três anos a quase totalidade
dos Evangelhos e as passagens mais importantes do Antigo e do Novo Testamento,
enquanto os frequentadores diários da Eucaristia podem se beneficiar com muito
mais largueza dos tesouros das Sagradas Escrituras, percorrendo-as quase por
completo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Três ciclos para os três Evangelhos sinópticos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nos ciclos acima mencionados a
liturgia dominical contempla os três sinópticos na mesma ordem em que constam
no Novo Testamento: o Ano A nos apresenta o Evangelho de São Mateus; o Ano B, o
de São Marcos; e o Ano C, o de São Lucas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Já São João tem seu lugar ao
longo dos três anos. Diante da brevidade do Evangelho de São Marcos, a Liturgia
que vai do 17º ao 26º domingo do ano B é adornada com os escritos evangélicos
do Discípulo Amado. E a profundidade teológica de sua pena marca os domingos da
Quaresma e da Páscoa, dotando esses importantes períodos com uma verdadeira
catequese sacramental de grande valor doutrinário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Cada um dos ciclos vem
enriquecido pelas peculiaridades do respectivo Evangelista. São Mateus, por
exemplo, tem uma inegável impronta judeu-cristã, mas seu Evangelho está todo
orientado à pregação para o mundo pagão recém-convertido. Ele nos mostra Jesus
como o príncipe destinado a governar Israel (cf. Mt 2, 6), mas que traz a
salvação para todas as nações (Mt 12, 18ss) e é rejeitado precisamente pelo
povo hebreu. O novo Israel é a Igreja, e a verdadeira Lei é a justiça entendida
como santidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">No Evangelho de São Marcos,
escrito para os cristãos provindos do judaísmo, está muito presente Jesus como
o Messias prometido. A despeito de sua brevidade, serviu de base para os outros
sinópticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">São Lucas, o mais culto e
minucioso dos três, proporciona um Evangelho escrito por um não judeu para
leitores não judeus, com base em informações de terceiros, como ele próprio
atesta (cf. Lc 1, 1-4).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Graças aos seus dois primeiros
capítulos, que bem se poderiam chamar o “Evangelho segundo Maria”, conhecemos
muitos detalhes da história da infância de Jesus não contemplados nos outros
sinópticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Harmonia das leituras bíblicas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas a Liturgia da Palavra não
se limita aos Evangelhos. Aos domingos são proclamadas também uma leitura do
Antigo Testamento e outra do Novo, unidas por um Salmo Responsorial,
enriquecedora inovação trazida pela reforma conciliar, que propiciou assim uma
salutar multiplicação dos textos propostos à meditação dos fiéis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Para harmonizar esses diversos
elementos, os compiladores seguiram um duplo critério. No relativo aos
Evangelhos, por vezes leem-se trechos sequenciados do mesmo Evangelista em sucessivos
domingos de determinado tempo litúrgico. Isso acontece, por exemplo, durante o
Tempo Comum no qual, praticamente sem interrupções, a perícope de cada domingo
é continuação da do domingo anterior. Contempla-se, assim, ao longo do ano,
quase a totalidade de cada sinóptico. Esta ordenação, porém, cede às vezes
lugar a um critério temático, que seleciona o trecho evangélico em função da
matéria mais adequada para ser abordada em determinado tempo litúrgico, como
veremos adiante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Organizados assim os
Evangelhos, centro e escopo da Liturgia da Palavra, ordenam-se a partir deles
os outros textos litúrgicos. A leitura do Antigo Testamento aos domingos é
escolhida sem visar continuidade, mas em função do respectivo Evangelho. Este
método foi preferido para destacar a importância da Boa-nova. Desta maneira, a
Primeira Leitura pode apresentar-nos uma pré-figura do fato narrado pelo
Evangelista ou uma profecia que o anuncia, bem como recolher um fato da
História da Salvação evocado por Nosso Senhor ou ressaltar, de um lado, o
tremendo contraste entre o reino de pecado e a miséria humana antes da vinda do
Salvador, e de outro, sua divina mensagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Consideremos, a título de
exemplo, a Primeira Leitura correspondente ao Evangelho do 32º Domingo do Tempo
Comum, comentado por Mons. João Scognamiglio Clá Dias na anterior edição desta
revista. Paralelamente ao gesto da pobre viúva que depositou no cofre do Templo
tudo quanto possuía (cf. Mc 12, 41-44), a Primeira Leitura nos apresenta a
figura da viúva de Sarepta, a qual não hesitou em alimentar o Profeta Elias com
a última porção de azeite e de farinha de que dispunha para si e seu filho (cf.
I Re 17, 10-16).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">E se a Primeira Leitura aponta
para o Evangelho, bem podemos dizer que a Segunda, tomada do Novo Testamento,
parte dele como uma continuação ou aprofundamento que ganha em densidade
teológica ao ser analisada à luz dos demais textos litúrgicos. Assim, a Segunda
Leitura do 32º Domingo do Tempo Comum mostra-nos o modelo da generosidade de alma
a que nos convidam tanto o Evangelho quanto a Primeira Leitura: é o próprio
Nosso Senhor Jesus Cristo que, como Sacerdote, intercede pela humanidade, após
fazer o sacrifício pleno de Si mesmo (cf. Hb 9, 24-28).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Por fim, o Salmo Responsorial é
escolhido em harmonia com as demais leituras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Os tempos fortes ou privilegiados<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Muito mais meticulosa do que no
Tempo Comum é a estrutura da Liturgia da Palavra nos chamados tempos
privilegiados ou fortes, os quais recordam os grandes acontecimentos da nossa
Redenção, ou para eles nos preparam: Advento, Natal, Quaresma e Páscoa. Nesses
tempos mais favoráveis para a graça, o critério de seleção centra-se muito mais
na temática do que na continuidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O Advento, que marca o início
de cada ano litúrgico, compreende duas preparações: uma escatológica e uma
natalícia. Assim, as leituras dos três primeiros domingos nos falam da
vigilância e do fim do mundo, e as do quarto constituem uma preparação imediata
para o nascimento do Salvador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">No Tempo do Natal, rememoram-se
os acontecimentos subsequentes à Encarnação de Nosso Senhor, complementados nas
leituras com o profundo embasamento teológico dos escritos de São João sobre
esse tema. A Quaresma, por sua vez, configura-se como um período penitencial de
preparação para a Páscoa. Nos três anos, o primeiro e o segundo domingos
recolhem, de acordo com cada sinóptico, os episódios das tentações de Nosso
Senhor no deserto e a Transfiguração. Já os terceiro, quarto e quinto domingos
contemplam realidades diferentes, mas riquíssimas, em cada ciclo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Paralelamente, as leituras do
Antigo Testamento nos apresentam durante esse período um verdadeiro resumo da
História da Salvação, que culmina no 5º Domingo com as profecias mais
importantes a respeito da Nova Aliança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Já as leituras da Páscoa
recolhem, depois do relato das diversas aparições do Senhor Ressuscitado, o
imenso tesouro teológico do Evangelho de São João nos trechos que sublinham a
alegria pascal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Tudo isto é complementado pelas
narrações dos Atos dos Apóstolos, que constituem a concretização de todas as
promessas do Antigo Testamento e o fruto da semente lançada por Nosso Senhor.
E, para encerrar este Tempo jubiloso, temos as Solenidades da Ascensão e de
Pentecostes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Não desprezemos o dom de Deus<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Vemos, portanto, que a Liturgia
da Palavra não constitui uma espécie de rito introdutório para a Liturgia
Eucarística, mediante a qual ficamos conhecendo melhor a História Sagrada, mas
sim uma parte fundamental da celebração, que prepara da forma mais adequada
possível as nossas almas para o Sacrifício e o Banquete eucarísticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Com toda razão afirma São
Cesário de Arles, referindo um pensamento do seu admirado mestre Santo
Agostinho: “A Palavra de Deus não é menos importante que o Corpo de Cristo. Por
isso, assim como temos cuidado, quando nos é distribuído o Corpo de Cristo, de
não deixar cair nada dele no chão, devemos do mesmo modo tomar igual cuidado em
não deixar escapar de nosso coração a Palavra de Deus que nos é comunicada,
pensando ou falando de outra coisa. Porque não é menos culpado quem escuta a
Palavra de Deus com negligência do que quem deixa cair no chão, por
negligência, o Corpo do Senhor”.9<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sigamos este sábio conselho do
santo Arcebispo e tenhamos a devida consideração pelo imenso tesouro que a
Igreja põe à nossa disposição durante a Missa, cientes de que isto nos renderá
grandes frutos de santidade e contribuirá para melhor conhecer e mais amar
Nosso Senhor Jesus Cristo! <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">Pe. Ignacio Montojo Magro, EP;
Revista Arautos do Evangelho, Dez-2012<o:p></o:p></span></i></b></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-32386311012683772022015-11-09T06:35:00.000-08:002015-11-09T06:35:17.646-08:00A grande misericórdia de Deus<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; margin-bottom: 14px; margin-top: 14px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; color: #993300; margin: 0px auto; padding: 0px;"><strong style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">"Pode uma mãe esquecer-se do seu filho e não ter piedade do fruto de suas entranhas? Pois bem, mesmo que isto acontecesse, Eu não te esquecerei" (Is 49, 15).</strong></span><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Deus é Pai. Nessas três palavras está contida toda a grandeza da divina misericórdia. E, para ser mais preciso, devo acrescentar: Deus não é apenas um pai, mas um pai e uma mãe ao mesmo tempo.<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><span style="border: 0px; color: #993300; margin: 0px auto; padding: 0px;"><strong style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">Ninguém é pai ou mãe como Deus</strong></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; margin-bottom: 14px; margin-top: 14px; padding: 0px; text-align: justify;">
O amor paterno é aquele que se aplica sobre quem não existe ainda, desejando ardentemente dar- -lhe a vida. É o amor que envolve a criança com sua força, depois de tê- -la gerado; o amor que vela a todos os instantes do dia e da noite, previne todos os perigos, apoia todos os pequenos passos desse ser frágil que tenta andar, dirige-o, suporta-o, faz-se pequeno com esse pequeno, à espera da hora de fazer-se heroico e de imolar-se, se for preciso; o amor que às vezes pune, muitas vezes mais perdoa, e não pune senão para fazer merecer o perdão; o amor que ama até o fim e que, menosprezado, insultado, amaldiçoado, acompanha, apesar de tudo, até o extremo e com um olhar de terno apego, o<img alt="Sagrado Coração de Jesus..jpg" height="451" src="http://www.arautos.org.br/resource/view?id=113157&size=2" style="border: 0px; float: right; margin: 10px; padding: 0px;" title="Sagrado Coração de Jesus..jpg" width="300" />filho mau e culpado; o amor, enfim - último traço que remata a pintura - que esquece sua honra de pai ultrajado, seus direitos profanados pela mais negra ingratidão, pela mais indigna conduta, para correr, ele, o ofendido, rumo ao ofensor, se vê de longe o filho pródigo voltando para ele arrependido.<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Eis o amor paterno, tal qual a natureza o dá aos verdadeiros corações de pai nesta Terra.<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Mas Deus tem sua maneira de ser pai e mãe ao mesmo tempo, que excede infinitamente tudo isso. Nemo tam pater, tam mater nemo: ninguém é pai, ninguém é mãe como Ele. E Ele mesmo nos diz, por meio da mais brilhante voz dos profetas do Antigo Testamento, Isaías: <em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">"Pode uma mãe esquecer-se do seu filho e não ter piedade do fruto de suas entranhas? Pois bem, mesmo que isto acontecesse, Eu não te esquecerei" (Is 49, 15).</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; margin-bottom: 14px; margin-top: 14px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; color: #993300; margin: 0px auto; padding: 0px;"><strong style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">Amor sob a lei do temor e sob a lei do amor</strong></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; margin-bottom: 14px; margin-top: 14px; padding: 0px; text-align: justify;">
Nada é mais instrutivo, sob este ponto de vista, que a história do profeta Jonas. Incumbido por Deus de fazer aos ninivitas o anúncio dos castigos divinos, o profeta primeiro se esquiva de sua missão e procura fugir para o ocidente dos mares, quando deveria partir para o oriente. Conduzido à força a Nínive, pela vontade do Alto, ele começa a percorrer as ruas da grande cidade, gritando com força e convicção: "Daqui a quarenta dias Nínive será destruída" (Jn 3,4). Mas o Senhor pretendia destruir essa cidade somente se ela perseverasse em sua malícia.<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Ora, os ninivitas fizeram penitência sob o cilício e a cinza. Deus então os perdoou, e isso causou ao profeta grande cólera: "<em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">Eu bem o sabia</em>" - exclama ele - "<em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">e por isso eu queria fugir para Társis. Eu sabia bem que Vós me faríeis ameaçar em vão e que pouparíeis esse povo. Porque Vós sois um Deus clemente, misericordioso, paciente, de uma compaixão extrema. Agora, Senhor, tirai-me a vida, porque é-me penoso viver depois do que acabo de ver" (Jn 4, 1-3).</em><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">"Pensas tu que é justa tua cólera?"</em> (Jn 4,4) - responde-lhe simplesmente o Eterno. E Ele conduz Jonas para fora da cidade, do lado do nascente. Jonas ali se instala sob um espesso feixe de hera, miraculosamente pre parada por Deus para resguardá- lo dos raios abrasadores do Sol. Mas, durante a noite o Senhor faz secar a planta protetora, de maneira que o Sol, tornando a subir ao céu de manhã, dardeja seus raios sobre a cabeça do profeta. Grande aflição deste, que de novo deseja a morte. "Ah, bem!" - diz-lhe o Senhor - <em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">"tu te afliges e te irritas pela perda de uma planta que não plantaste, nem cultivaste, e Eu faria perecer toda esta multidão de homens de Nínive dos quais sou o Criador e o pai?" (Jn 4,10).</em><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Eis como, sob a Lei do temor, Deus entendia seu papel de pai. Mas, sob a nova Lei, seu amor de Pai, sua misericórdia, vão revestir-se de uma forma capaz de lançar nossos espíritos e nossos corações em maravilhamentos sem fim. Ele irá - mistério adorável e três vezes incompreensível - ao ponto de abafar, se podemos dizer assim, o amor sem nome que une-O no Céu a seu Verbo, a seu Filho, e entregá-Lo a nós como vítima, para que, em seu sangue, se opere nossa Redenção.<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><span style="border: 0px; color: #993300; margin: 0px auto; padding: 0px;"><strong style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">Na Nova Aliança, Deus nos enche de benefícios e graças</strong></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; margin-bottom: 14px; margin-top: 14px; padding: 0px; text-align: justify;">
A Encarnação, a Redenção, esses prodígios de amor do qual - diz- nos o Apóstolo - ninguém nesta terra jamais saberá toda a altura, toda a largura, toda a profundidade, eis a verdadeira medida da misericórdia de Deus por nós! Será demais, então, repetir com o Salmista que grande é a misericórdia divina, grande a multidão de suas compaixões? <br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />1 - Grande, ela o é no espaço. Ela se estende a todos, não exclui ninguém.<em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;"> "Senhor</em>" - diz o Salmista - <em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">"Senhor, vossa bondade chega até os céus"</em> (Sl 35,6); "acima dos céus se eleva a vossa misericórdia" (Sl 107,5). Ora, da mesma forma que a abóbada celeste nos envolve a todos, e de todas as partes, assim é a divina misericórdia.<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />2 - Grande, ela o é no tempo. Salvo razões muito especiais, ela deixa aos homens, aos pecadores, o tempo de reconhecer sua culpa, de se converter, de se resgatar: <em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">"Eu não me comprazo com a morte do pecador, mas antes com a sua conversão, de modo que tenha a vida" </em>(Ez 33,11).<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />3 - Enfim, falando como o reiprofeta, grande é a misericórdia divina na multidão de suas operações, de suas comiserações. Que chuva, que dilúvio de graças naturais e sobrenaturais ela derrama cada dia sobre o menor de nós! <em style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;">"A filosofia observa que, em nossa existência, o primeiro momento não acarreta necessariamente o segundo, e que a mão de Deus, por uma criação contínua, precisa nos manter incessantemente sobre este abismo do nada, do qual saímos e para o qual tendemos a retornar"</em> (Mgr. Le Camus, Théologie populaire de N.S.J.C., 2ª Confér., Dieu).<br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Cada novo instante acrescentado à nossa vida, cada batida de nosso coração é, portanto, um benefício da misericordiosa Providência do Criador. Apesar do repouso no qual Ele entrou no sétimo dia, depois da Criação, sua misericórdia está sem cessar em atividade em torno de nós. Quem contará essas maravilhosas atenções e operações da misericórdia em relação a nós? <br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Ora, esses benefícios naturais, por mais abundantes que sejam, são talvez infinitamente menos numerosos que os socorros sobrenaturais prodigalizados à nossa alma: Graças atuais de luz, de força, de resignação, de compunção, que sei eu? Quem dirá o que foi preciso de graças para povoar o Céu de todos os santos que lá reinam com Deus, dos quais um grande número é de indignos pecadores? Para um só pecador - seja ele Santo Agostinho, ou seja qualquer um de nós - quem dirá o oceano de Graças com o qual Deus o inunda para reconduzi-lo a Si? <br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px auto; padding: 0px;" />Oh! À vista desta grande, desta grandíssima misericórdia do Senhor, não hesiteis mais, almas pecadoras, ide até Ele com confiança. Quaisquer que sejam vossos pecados, mesmo vossos crimes, por mais arraigados que sejam vossos hábitos culposos, por mais desesperadoras que sejam vossas misérias, vinde, atirai tudo isso, e atirai-vos vós mesmos, nas mãos da divina misericórdia. </div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; margin-bottom: 14px; margin-top: 14px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-style: italic; margin: 0px auto; padding: 0px;">(Traduzido, com adaptações, de L'Ami du Clergé, 23/01/1902, p. 68-69). - </span><span style="border: 0px; font-style: italic; margin: 0px auto; padding: 0px;">(Revista Arautos do Evangelho, Nov/2009, n. 95, p. 24-25)</span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-63604701820312855192015-10-14T11:43:00.001-07:002015-10-14T11:43:36.775-07:00Cartas das trincheiras<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #002060; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um volume
publicado por ocasião do centenário da Primeira Guerra Mundial reproduz
eloquentes testemunhos de intervenções de Santa Teresinha em favor de soldados
que a ela recorreram.</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">No dilúvio de fogo e ferro que
assolou a Europa entre os anos 1914 e 1918 não faltaram comovedores episódios
de Fé. E entre eles cabe mencionar a inesperada torrente de veneração dos
poilus1 para com uma humilde freira falecida em odor de santidade em 1897: Sor
Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O mosteiro carmelitano de
Lisieux, onde ela fez o holocausto de sua vida ao amor misericordioso de Deus,
possui mais de dois mil dossiês contendo cartas autógrafas recebidas no
decorrer do conflito, bem como condecorações, medalhas, balas, capacetes e
obuses transformados em ex-votos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Comemorando o primeiro
centenário da deflagração dessa guerra, uma prestigiosa editora francesa
lançou, em colaboração com o mosteiro, um volume de 203 páginas2 contendo uma
seleção de 75 dessas cartas, muito pouco conhecidas. Reproduzimos abaixo
algumas delas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Parti sem me confessar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sou um favorecido por Teresinha
do Menino Jesus e deposito nela grande confiança. Visitei seu túmulo em maio de
1914 e voltei muito impressionado. Entretanto, tendo sido declarada a guerra,
recusei-me a atender aos instantes pedidos de minha mulher e parti sem me
confessar. O respeito humano impediu-me de cumprir meu dever de católico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Estava afastado da Igreja desde
minha Primeira Comunhão. Todavia, aceitei uma relíquia e uma pequena imagem da
Irmãzinha, e recorria instintivamente a ela cada vez que me encontrava em
perigo nos combates. E ela me protegia, e também aos meus camaradas, pois nunca
vi nenhum deles morto ou ferido perto de mim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em meados de setembro,
estávamos nas trincheiras do Gotha, perto de Reims, numa situação difícil, pois
a artilharia não cessava de troar. Pensando com muita tristeza em minha pequena
família, eu rezava: “Minha Irmã Teresa, eu vos suplico, devolvei-me à minha
esposa e aos meus filhos, e prometo ir visitar vosso túmulo logo depois de
retornar a minha terra”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mal terminara essa oração, vi
abrir-se uma nuvem e aparecer no céu azul o rosto da santa. Julgava-me vítima
de uma alucinação. Esfreguei várias vezes os olhos, olhando de novo a visão,
mas não podia ter dúvida alguma, pois sua fisionomia se mostrava cada vez mais
clara e resplandecente. Pude contemplá-la assim por cerca de dois minutos.
Observei sobretudo seus belos olhos, elevados ao céu como para rezar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Desde então sempre fui
corajoso; não me sentia mais sozinho. Tinha também a mais firme esperança de
reencontrar minha família e tomei a inabalável resolução de voltar ao Deus da
minha infância. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">De fato, pouco tempo depois,
por motivo de doença, fui retirado do front e conduzido ao hospital; e quando
ali alguém perguntou quem queria comungar, não tive medo de manifestar meu
desejo.3<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“Devo isto à minha pequena Irmã Teresa!”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Desde o início da guerra, tenho
comigo uma relíquia da Irmã Teresa. Eis o que me aconteceu. No último dia de
batalha na região da Marne, em setembro, tínhamos apenas oito canhões, contra
25 do inimigo. Nesse momento crítico, acabou-se nossa munição e, na
precipitação para avançar outra bateria que vinha substituir a nossa, caí e meu
canhão passou sobre minhas duas pernas. Elas deveriam ter sido completamente
esmagadas, pois cada canhão pesa mais de duas toneladas! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Meus queridos companheiros de
armas acorreram para me transportar. Qual não foi, porém, seu espanto ao
verem-me levantar sem dificuldade alguma! “Milagre! Milagre!”, gritaram todos.
Respondi-lhes logo, com o coração transbordante de gratidão: “Devo isto à minha
pequena Irmã Teresa!”. Ato contínuo, tirei do bolso um lápis branco e escrevi
em grandes letras no meu canhão: BATERIA IRMÃ TERESA DO MENINO JESUS. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">E desde então, quando chove e a
inscrição se apaga, eu a reescrevo o mais rápido possível. Tenho uma confiança
ilimitada na proteção desta santa.4<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um estilhaço de granada em pleno peito<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sob juramento, afirmo dever a
vida à Irmã Teresa do Menino Jesus. Em 16 de março de 1916, na véspera de
partir pela segunda vez para o front, um de meus camaradas deu-me uma imagem da
santinha, dizendo-me: “Parece que ela obteve já muitos milagres em favor dos
soldados, e nos protege”. Até então, eu não a conhecia, mas desde esse dia não
deixei de invocá-la todas as noites, rezando um Pai-nosso e uma Ave-Maria em
sua homenagem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Pouco depois, em 30 de abril,
participei da sangrenta batalha de Mort-Homme, em Verdun. No terrível combate,
sem parar de lutar, eu rezava a Sor Teresa. Recorria a ela, não por medo, pois
nunca tive medo, mas lhe pedia que sustentasse minha coragem, coisa bem
necessária naquele trágico momento! De repente, na confusão do combate, a 20
metros do inimigo, recebi em pleno peito um estilhaço de granada. Desmaiei e,
quando recobrei os sentidos, a batalha continuava no auge. Exaurido e perdendo
sangue, não tinha forças para me arrastar para fora. Mas, lembrando-me de minha
santa Protetora, gritei: “Irmã Teresa do Menino Jesus, não me abandone!”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">E ela ouviu minha súplica,
pois, sob as rajadas das metralhadoras, logo chegaram os padioleiros e me
transportaram ao primeiro posto de socorro. Lá, julgando grave o meu caso, um
valente capelão administrou-me, ao som dos canhões, a Extrema Unção. Apesar dos
sofrimentos, eu me sentia feliz e pensava, com gratidão, que esse socorro
religioso eu o devia à Irmã Teresa. Eu tinha tanta confiança na querida
santinha que, uma vez ao abrigo das balas, pedi-lhe um segundo milagre: o de
curar-me e me guiar até a sua sepultura, em Lisieux. E fui atendido. [...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Agora sinto-me disposto a todos
os sacrifícios, todos os sofrimentos, pois a Santa fez-me compreender que assim
expiarei meus pecados e ademais, que Jesus Cristo padeceu muito mais por nós.5 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> * * * <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Passou-se um século exato desde
o início da terrível guerra e a devoção à Santa da Pequena Via não tem feito
senão crescer e expandir-se pelo mundo todo. Pio XI a canonizou em 1925, apenas
28 anos depois de sua morte. E em 1997 São João Paulo II a proclamou Doutora da
Igreja. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Fiel à sua promessa de passar o
Céu fazendo bem à Terra, tem ela favorecido especialmente as novas gerações,
tão necessitadas de ajuda espiritual em razão da sua marcante debilidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">1 Termo usado para designar os
combatentes franceses da Primeira Guerra Mundial, que significa, literalmente,
“peludo”. Sua origem se remonta à época de Napoleão, quando se incorporaram ao
exército grande número de soldados vindos do campo, que não tinham o costume de
se barbear.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">2 Nous les Poilus. Plus forte
que l’acier – Lettres des tranchées à Thérèse de Lisieux. Paris: Du Cerf, 2014.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">3 Carta de Auguste Cousinard,
op. cit., p.17-19.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">4 Carta de Paul Dugast, op.
cit., p.20-21. Carta de J. Lallement, op. cit., p.64-65.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">5 Carta de J. Lallement, op.
cit., p 64-65.<o:p></o:p></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-87173227480543872702015-08-24T09:09:00.003-07:002015-08-24T09:09:45.896-07:00Em graça concebida<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: red;"><b><i>Já no
primeiro instante de sua concepção, Maria Santíssima foi enriquecida com uma
plenitude de graças superior à de todos os Anjos e Santos reunidos.</i></b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipJWivDSrwm-riHFMYtXumlhMcjPtrKzeTv9rDmyPBoEuAvPyI4XCQgHBYecXsA3LThzU0fYlOS1dRJimiBSAg7uJHTCVYCrCk83cuif1CrKyrNWoNVVmAvtWarDj9kpKQztp30qpEuYa2/s1600/Imaculada+Concei%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipJWivDSrwm-riHFMYtXumlhMcjPtrKzeTv9rDmyPBoEuAvPyI4XCQgHBYecXsA3LThzU0fYlOS1dRJimiBSAg7uJHTCVYCrCk83cuif1CrKyrNWoNVVmAvtWarDj9kpKQztp30qpEuYa2/s320/Imaculada+Concei%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="132" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Luz
tênue, igreja praticamente vazia, pouco ruído. É fim de tarde na cidade de
Granada. Num confessionário, um sacerdote reza seu Breviário, enquanto
permanece à disposição de qualquer fiel desejoso de purificar sua alma. Um
jovenzinho se aproxima e ajoelha-se frente a frente com o ministro de Deus,
como acontece normalmente com esse povo categórico. Sem dúvida alguma, ele
queria confessar-se. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">— Ave
Maria puríssima! — disse o padre, segundo o costume ali vigente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">— Sem
pecado concebida! — respondeu sem hesitar o penitente, tal como fazia desde sua
infância. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Entretanto,
o confessor o corrigiu, com a característica ênfase ibérica: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">— Não!
Deves responder-me: “Em graça concebida!”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Esse
pequeno episódio revela uma importante verdade teológica, e a frase do sacerdote
encerra um belo louvor à Mãe de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">A maior plenitude concebível
abaixo de Deus<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Voltemos
nossa atenção para um século e meio atrás, aos 8 de dezembro de 1854. Foi nesse
dia que o Beato Pio IX, falando <i>ex cathedra</i>, declarava ter sido a
Bem-Aventurada Virgem Maria “preservada imune de toda mancha do pecado
original”1 por singular graça e privilégio de Deus. Proclamava assim, perante o
regozijo do orbe cristão, que a doutrina da Imaculada Conceição “foi revelada
por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os
fiéis”.2 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sublime
prerrogativa esta, a de ser preservada de toda mancha! Contudo, se analisarmos
mais detidamente, veremos que nessas palavras se encerra não só o aspecto
negativo do dogma — ter sido Ela concebida sem pecado — mas também,
necessariamente, o aspecto positivo dessa mesma realidade: Maria foi concebida
em graça e, como afirma o Concílio Vaticano II, foi “enriquecida, desde o
primeiro instante da sua Conceição, com os esplendores duma santidade
singular”.3 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O
Espírito Santo habitou n’Ela desde o início de sua existência, enchendo-A de
seus dons, virtudes e carismas com tanta abundância, conforme ensina o Beato
Pio IX: “Ela possui tal plenitude de inocência e de santidade que, depois da de
Deus, não se pode conceber outra maior”.4<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Desde o primeiro instante de sua
Imaculada Conceição<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">É a
essa plenitude de graças que faz referência o Arcanjo Gabriel na sua saudação:
“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Enganar-se-ia
quem objetasse que o fato de Maria Santíssima estar repleta de graças não
significa que já o estivesse antes do anúncio do Anjo. Portanto A imaginasse
como uma moça boazinha, com suas falhas e defeitos, que foi repentinamente
tomada pelo Espírito Santo no momento da aparição de São Gabriel. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Essa
hipótese, entretanto, repugna o nosso senso católico e contradiz os princípios
da Mariologia, pois, conforme explica um renomado teólogo do século XX, a
doutrina de que a graça inicial de Maria Santíssima fosse superior à de todos
os Anjos e Santos reunidos é “completamente certa em Teologia”.5 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Para
explicar essa afirmação, outro teólogo contemporâneo aduz diversos argumentos,
entre os quais o seguinte: “Como o ser preservada de pecado não é outra coisa
senão possuir a graça santificante desde o princípio da existência, e como
Maria foi preservada de modo singularíssimo do pecado original, segue-se
claramente que desde o princípio esteve cheia de graça”.6 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Especialmente
esclarecedora é a explicação de São Tomás. Argumenta ele que “quanto mais
próximo está alguém do princípio, seja qual for o gênero, mais participa de seu
efeito”.7 Ou seja, assim como quem se coloca mais perto do fogo mais se aquece,
quanto mais uma alma se aproxima de Deus tanto mais participa de seus dons. E
conclui: “Ora, a Bem-Aventurada Virgem Maria foi a que esteve mais próxima de
Cristo segundo a humanidade, pois foi d’Ela que Cristo recebeu a natureza
humana. Eis por que Ela tinha de obter de Cristo uma plenitude de graça maior
do que as outras pessoas”.8 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">É
justamente essa proximidade de Cristo, pela sua predestinação como Mãe de Deus,
que explica a plenitude de graças de Maria Santíssima desde o primeiro instante
de sua Conceição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Tríplice plenitude de graça<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Evidentemente,
a plenitude de graça em Maria não é idêntica à de seu Filho. Em Cristo, Autor
da graça, ela é absoluta; portanto, sem possibilidade de aumento. Em Nossa
Senhora, porém, é relativa e suscetível de crescimento, na medida em que
aumentava a capacidade da sua alma, de algum modo unida à ordem hipostática.
Segundo alguns teólogos, Maria crescia em graça até durante o sono, pois Ela
possuía a ciência infusa, e esta continua funcionando quando a pessoa
adormece.9 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Na
realidade, com base no Doutor Angélico,10 não deveríamos falar da plenitude de
graça de Maria, mais sim de uma tríplice plenitude vinculada ao privilégio da
maternidade divina: a dispositiva, concedida no instante de sua concepção, com
vistas a torná-La idônea a ser a Mãe de Cristo; a perfectiva, no momento da
Encarnação do Verbo, quando Ela recebeu um imenso acréscimo de graça
santificante; e a final ou consumativa, ou seja, a que a alma possui na glória
celestial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: red; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">A morada que Deus preparou para
Si<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Dizia o
Doutor Melífluo que <i>De Maria nunquam satis</i> — d’Ela não há o que baste. Pois
Deus depositou na Virgem Maria todas as perfeições que era possível uma mera
criatura ter. Ela transcende todos os Santos, como o Céu transcende a Terra.
Ela é a montanha preferida por Deus, para habitar no tempo e na eternidade. Em
louvor a Ela, canta o Salmista: “Montes escarpados, por que invejais a montanha
que Deus escolheu para morar, para nela estabelecer uma habitação eterna?” (Sl
67, 17). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Quão
bela, santa e perfeita morada preparou Cristo Senhor para Si! Quão sublime e
magnífica a Mãe que Ele deu para nós! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">1PIO IX.
Ineffabilis Deus. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">2Idem, ibidem. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">3CONCÍLIO VATICANO II. Lumen gentium, n.56. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">4PIO
IX. Ineffabilis Deus.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"> 5</span><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;">ROYO
MARÍN, OP, Antonio. Jesucristo y la vida cristiana. Madrid: BAC, 1959, p.224. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;">6ALASTRUEY, Gregorio. Tratado de la Virgen Santísima. </span><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;">3.ed.
Madrid: BAC, 1952, p.261.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, serif;">7</span></span><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 28px;">SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. III, q.27, a.5.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, serif;">8 </span></span><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;">Idem,
ibidem. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">9Cf. ALASTRUEY, op. cit.,
p.272-275. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">10 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO, op. cit., ad 2.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;"> <b><i>Revista arautos do Evangelho Jul 2014</i></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-13047642718508544222015-08-10T05:48:00.000-07:002015-08-10T05:48:28.756-07:0011º Congresso Internacional de Cooperadores dos Arautos do Evangelho<iframe width='480' height='270' src='http://www.arautos.org/embed/enbed.php?d=6&c=13&v=0000014f-0480-9147-c890-7cedd17181b1.mp4&i=8614' scrolling='no' frameborder='0' allowfullscreen> </iframe> Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-29754385323292964822015-07-23T06:13:00.002-07:002015-07-23T06:13:10.226-07:00A caridade hoje<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8PYRvBa1S8fOEenLsiPJ5ekfoSOLpABvKdIsmWykDCCbi_JXTadite_OC_w6nom7K1Vfm3i1AH_jDQvE4q1_6z5x7pi01uxeR6jBzoagZeN46qwIjVbhV65fKjRN4NEtePqxEpdqbNmmy/s1600/Arautos+do+Evangelho+Monte+Carmelo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8PYRvBa1S8fOEenLsiPJ5ekfoSOLpABvKdIsmWykDCCbi_JXTadite_OC_w6nom7K1Vfm3i1AH_jDQvE4q1_6z5x7pi01uxeR6jBzoagZeN46qwIjVbhV65fKjRN4NEtePqxEpdqbNmmy/s400/Arautos+do+Evangelho+Monte+Carmelo.jpg" width="306" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“Quão
numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e quanta sabedoria em todas elas!” (Sl
103, 24) — exclama o Salmista, pervadido de admiração, ao contemplar a incomensurável
variedade de criaturas que enchem o universo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nos
esplendores da aurora, varando as nuvens, os raios vitoriosos do Sol derramam
sua generosa claridade sobre a vastidão da Terra. A luz desce as montanhas,
atinge as encostas e vales, fecunda plantações, suscita o concerto das aves e
desperta os rebanhos. Dir-se-ia que o astro rei tem pressa em voltar a espargir
seus benefícios, e que a Terra, há pouco escura, cheia de saudades, exulta afinal
pelo reencontro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Por sua
vez, no decurso das estações e dos tempos, o mundo vegetal se apressa em
distribuir suas riquezas sem conta, e parece rejubilar-se em esbanjá-las.
Trigais dourados e plantios infindos para o homem, pastagens copiosas para o
gado, frutos em profusão para os pássaros, abundância para todos. A
generosidade se apresenta também como a regra desse universo vivo de raízes,
ervas e troncos, que o solo dadivoso se compraz em sustentar e fortalecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Quanta
prodigalidade! A natureza se revela como imensa sinfonia, na qual seres
irracionais ou inanimados, cumprindo perenes desígnios do Criador, multiplicam
os favores e persistem na doação generosa, ou são beneficiados e recebem de
outros o necessário para sua subsistência. Inúmeras lições poderíamos auferir
de tantas maravilhas, mas, sem dúvida, há uma que salta aos olhos do bom
observador: a ordem da criação resplandece diante de nós como magnífico espelho
da CARIDADE.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Caridade!
Virtude desconhecida no paganismo e apenas vislumbrada no Antigo Testamento,
desceu à Terra com o Verbo de Deus e se difundiu na humanidade como divino
perfume do próprio Jesus Cristo. É por ela que todos se harmonizam: grandes e
pequenos, poderosos e desvalidos. Movidos pela caridade, incontáveis homens e mulheres
mais dotados de fortuna transformaram-se, ao longo da História, em verdadeiros
anjos de proteção e dedicação aos pobres e miseráveis. Pelo impulso da caridade,
os corações e as bolsas se abriram: edificaram-se hospitais, alimentos foram distribuídos,
dores aliviadas, lágrimas enxugadas e corpos gélidos aquecidos. Quão belos
espetáculos a caridade protagonizou no relacionamento entre ricos e pobres!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O que
seria dos pobres, se ricos não houvesse para consolá-los com sua ajuda? E, se
não existissem os pobres, como poderiam os ricos praticar esse amor de misericórdia,
do qual o Sagrado Coração de Jesus é a fornalha ardente?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Caridade!
Regra perfeita de uma sociedade verdadeiramente conforme ao Evangelho, na qual
os ricos, sem terem de renunciar à sua riqueza, são irmanados em Cristo com os
pobres; e estes, mesmo não se enriquecendo, veem naqueles a mão dadivosa de
Deus. Nessa sociedade germinará e florescerá, até o fim dos tempos, o ideal
descrito pelo Apóstolo:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“A
caridade é paciente, a caridade é bondosa, não tem inveja. A caridade não é
orgulhosa, não é arrogante nem escandalosa, não busca os seus próprios interesses,
não se irrita, não guarda rancor. [...] Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta. A caridade jamais acabará” (I Cor 13, 4-8). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><b><i><span style="font-size: xx-small;">Revista Arautos do Evangelho jul 2013</span></i></b></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-68478866268953993562015-05-16T08:48:00.003-07:002015-05-16T08:48:54.309-07:00Mensagem para as mães<iframe width='480' height='270' src='http://www.arautos.org/embed/enbed.php?d=6&c=37&v=0000014d-34fa-8c49-dec7-b41df373ecd1.mp4&i=8452' scrolling='no' frameborder='0' allowfullscreen> </iframe> Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9074464059986022338.post-85805164275784921602015-03-19T10:39:00.001-07:002015-03-19T10:39:45.997-07:00Oração para pedir a boa morte<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTl9fs730YZvaFeMJQddUT0bRA-vlA7FEXlJf8eoXMyqBmfIQjD73S9NL5M3FM20CXRmJqHA6sU2psmNHweNtRbMcZgmnfn48c-4GL78BQS9vQ78Y46UIxobSgel8X9ArGcLEj3bKUaktE/s1600/S%C3%A3o+Jos%C3%A9+boa+morte.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTl9fs730YZvaFeMJQddUT0bRA-vlA7FEXlJf8eoXMyqBmfIQjD73S9NL5M3FM20CXRmJqHA6sU2psmNHweNtRbMcZgmnfn48c-4GL78BQS9vQ78Y46UIxobSgel8X9ArGcLEj3bKUaktE/s1600/S%C3%A3o+Jos%C3%A9+boa+morte.jpg" height="320" width="294" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">São José, meu amável protetor, que morrestes nos
braços de Jesus e de Maria, socorrei-me em todas as necessidades e perigos da
vida, mas principalmente na hora suprema, vindo suavizar minhas dores, enxugar
minhas lágrimas, fechar suavemente meus olhos, enquanto pronunciar os
dulcíssimos nomes: Jesus, Maria, José, salvai a minha alma!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Amém.<o:p></o:p></span></div>
Regina Virginumhttp://www.blogger.com/profile/06412853976354400813noreply@blogger.com0